O namoro do CR-V com o mercado brasileiro demorou para engatar. Eles só
se conheceram em março de 2000, quando o Honda estava prestes a entrar
em sua segunda geração. A fase do flerte foi longa e durou até 2007.
Naquele ano, a terceira geração chegou por aqui e a troca de chamegos
virou namoro sério. O namoro deu em casamento e, no ano passado, a
estreia da quarta geração renovou as juras de amor pelo japonês
naturalizado mexicano. Circulando com desenvoltura por aqui, tornou-se o
líder de vendas em seu segmento. Por isso, era uma questão de tempo até
o oriental vindo do México se render ao nosso álcool. Não deu outra. A
partir deste mês, ele já pode ser encontrado nas lojas com motor
bicombustível.
A Honda abriu mão do tanquinho de gasolina para auxiliar as partidas a frio. O CR-V vem com o mesmo sistema inaugurado pelo Civic 2.0, chamado de Flex One. A tecnologia conta com um sistema de velas aquecedoras que controlam a temperatura do combustível, eliminando a necessidade de injeção de gasolina durante a partida em locais com baixa temperatura. A nova solução aposentou o subtanque blindado próximo ao cofre do motor, todos os bicos injetores auxiliares do sistema flexível anterior, as linhas de combustível secundárias, além de evitar a abertura de uma portinhola sobre o paralama dianteiro - comum aos Honda flex nacionais.
Vindo de ainda mais longe, o sul-coreano ix35 teve o mesmo destino etílico. Sua versão flex roda entre nós desde maio do ano passado, mas não abriu mão de carregar uma garrafinha para gasolina junto ao motor. Honda e Hyundai lançam mão de uma fórmula de sucesso inquestionável: motor flex, tração 4x2 e transmissão automática. Juntamos os rivais dotados dessa receita similar para um confronto. Apesar do porte elevado e da pose de valente, ambos gostam mesmo é de asfalto liso.
O novo CR-V aposta suas fichas em tecnologia, conforto e praticidade voltados para uso familiar. Seu painel conta com botões grandes, quadro de instrumentos fácil de ler e um ar de modernidade instigante. Do lado esquerdo do volante, um botão verde tenta ajudar o motorista a economizar e poluir menos. O ECON aciona um mapa de comando que amansa as respostas do motor, câmbio e até do arcondicionado. As trocas de marcha são antecipadas e as acelerações ficam mais lentas e progressivas. "O sistema não faz milagres. Ele é um auxiliar, pois a economia tem de vir por iniciativa do motorista, que precisa ficar atento aos seus hábitos e ao intuito de poupar combustível", diz Alfredo Guedes, engenheiro- especialista da Honda.
A cabine do Honda vence o Hyundai em conforto, embora o coreano tenha bancos envolventes e mais eficazes em apoiar o corpo em curvas. Outro ponto positivo é o esmero no acabamento e na qualidade dos materiais. O design do ix35 se destaca, mas não consegue disfarçar os plásticos duros e o couro sintético simples. Isso não significa que seja desconfortável, ao contrário. Os dois tratam bem os ocupantes e se equivalem em ergonomia. Ambos trazem ajustes de altura para o banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura e profundidade. O ix35 Flex perdeu os registros de consumo médio e instantâneo, presentes na versão a gasolina. O Hyundai tenta se redimir com sistema de som completo, com GPS, touch screen maior e mais bem posicionada, no centro do painel, e sensor de estacionamento que combina câmeras de ré e avisos sonoros. O japonês tem apenas uma câmera com imagens exibidas em um display pequeno e distante dos olhos do motorista. A versão EXL conta com o rádio superior com navegador integrado. Bluetooth e comandos no volante são itens de série nos dois.
Com os porta-malas abertos lado a lado, não é difícil notar que o Honda oferece mais espaço, apesar de as fichas técnicas sugerirem o contrário. Os dados fornecidos pelas fábricas informam 591 (ix35) e 589 litros (CR-V), mas uma possível diferença na metodologia de medição apresenta resultados incompatíveis. Mesmo com o estepe de uso temporário, mais fino, a área do Hyundai é menor. Além disso, o assoalho do japonês é mais baixo, facilitando o manuseio de volumes. O Honda oferece outra vantagem: duas alavancas nas laterais do bagageiro rebatem o encosto, sem a necessidade de baixá-los manualmente. Até o assento pode ser rebatido, elevando a área de bagagem para 1 146 litros.
O principal trunfo do ix35 é a superioridade em desempenho. Vence em potência e obteve números bem melhores nos testes. O Honda foi ligeiramente mais econômico nas provas de consumo, mas a diferença é pequena. Ele também fica na frente em autonomia, já que a marca aumentou a capacidade do tanque em 13 litros, de 58 para 71 litros.
A versão manual do CR-V deixou de ser trazida, reduzindo o catálogo para duas: LX e EXL 4WD, mas a EXL 4x2 chega no fim do ano. Nessa disputa por corações, o Honda é um conquistador mais bem preparado, a menos que você faça questão do câmbio manual. Aí, só o ix35 tem o que você precisa.
A Honda abriu mão do tanquinho de gasolina para auxiliar as partidas a frio. O CR-V vem com o mesmo sistema inaugurado pelo Civic 2.0, chamado de Flex One. A tecnologia conta com um sistema de velas aquecedoras que controlam a temperatura do combustível, eliminando a necessidade de injeção de gasolina durante a partida em locais com baixa temperatura. A nova solução aposentou o subtanque blindado próximo ao cofre do motor, todos os bicos injetores auxiliares do sistema flexível anterior, as linhas de combustível secundárias, além de evitar a abertura de uma portinhola sobre o paralama dianteiro - comum aos Honda flex nacionais.
Vindo de ainda mais longe, o sul-coreano ix35 teve o mesmo destino etílico. Sua versão flex roda entre nós desde maio do ano passado, mas não abriu mão de carregar uma garrafinha para gasolina junto ao motor. Honda e Hyundai lançam mão de uma fórmula de sucesso inquestionável: motor flex, tração 4x2 e transmissão automática. Juntamos os rivais dotados dessa receita similar para um confronto. Apesar do porte elevado e da pose de valente, ambos gostam mesmo é de asfalto liso.
O novo CR-V aposta suas fichas em tecnologia, conforto e praticidade voltados para uso familiar. Seu painel conta com botões grandes, quadro de instrumentos fácil de ler e um ar de modernidade instigante. Do lado esquerdo do volante, um botão verde tenta ajudar o motorista a economizar e poluir menos. O ECON aciona um mapa de comando que amansa as respostas do motor, câmbio e até do arcondicionado. As trocas de marcha são antecipadas e as acelerações ficam mais lentas e progressivas. "O sistema não faz milagres. Ele é um auxiliar, pois a economia tem de vir por iniciativa do motorista, que precisa ficar atento aos seus hábitos e ao intuito de poupar combustível", diz Alfredo Guedes, engenheiro- especialista da Honda.
A cabine do Honda vence o Hyundai em conforto, embora o coreano tenha bancos envolventes e mais eficazes em apoiar o corpo em curvas. Outro ponto positivo é o esmero no acabamento e na qualidade dos materiais. O design do ix35 se destaca, mas não consegue disfarçar os plásticos duros e o couro sintético simples. Isso não significa que seja desconfortável, ao contrário. Os dois tratam bem os ocupantes e se equivalem em ergonomia. Ambos trazem ajustes de altura para o banco do motorista e coluna de direção com regulagem de altura e profundidade. O ix35 Flex perdeu os registros de consumo médio e instantâneo, presentes na versão a gasolina. O Hyundai tenta se redimir com sistema de som completo, com GPS, touch screen maior e mais bem posicionada, no centro do painel, e sensor de estacionamento que combina câmeras de ré e avisos sonoros. O japonês tem apenas uma câmera com imagens exibidas em um display pequeno e distante dos olhos do motorista. A versão EXL conta com o rádio superior com navegador integrado. Bluetooth e comandos no volante são itens de série nos dois.
Com os porta-malas abertos lado a lado, não é difícil notar que o Honda oferece mais espaço, apesar de as fichas técnicas sugerirem o contrário. Os dados fornecidos pelas fábricas informam 591 (ix35) e 589 litros (CR-V), mas uma possível diferença na metodologia de medição apresenta resultados incompatíveis. Mesmo com o estepe de uso temporário, mais fino, a área do Hyundai é menor. Além disso, o assoalho do japonês é mais baixo, facilitando o manuseio de volumes. O Honda oferece outra vantagem: duas alavancas nas laterais do bagageiro rebatem o encosto, sem a necessidade de baixá-los manualmente. Até o assento pode ser rebatido, elevando a área de bagagem para 1 146 litros.
O principal trunfo do ix35 é a superioridade em desempenho. Vence em potência e obteve números bem melhores nos testes. O Honda foi ligeiramente mais econômico nas provas de consumo, mas a diferença é pequena. Ele também fica na frente em autonomia, já que a marca aumentou a capacidade do tanque em 13 litros, de 58 para 71 litros.
A versão manual do CR-V deixou de ser trazida, reduzindo o catálogo para duas: LX e EXL 4WD, mas a EXL 4x2 chega no fim do ano. Nessa disputa por corações, o Honda é um conquistador mais bem preparado, a menos que você faça questão do câmbio manual. Aí, só o ix35 tem o que você precisa.
[Quatrorodas]
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