26 de junho de 2013

IFA promete "nova guerra" de displays



A edição 2013 da IFA, que acontecerá em Berlim nos dias 6 a 11 de setembro, deve marcar mais uma etapa da corrida entre os principais grupos detentores de tecnologia do planeta. Nos bastidores, ainda sem confirmação oficial, as notícias são de que essas empresas estudam como utilizar esse evento para mostrar que estão mais avançadas que suas concorrentes, em campos como displays, interatividade, realidade virtual e serviços em nuvem. 

Mais importante evento de tecnologia de consumo da Europa, a IFA (que nasceu na década de 1930 e só foi interrompida durante a Segunda Guerra) disputa com a americana CES o privilégio de ser "palco" dos lançamentos mais importantes do setor. Alguns produtos e protótipos a serem exibidos em Berlim já foram vistos em eventos como NAB (exposição voltada a profissionais de rádio e televisão), IBC (telecom), SID/Display Week (para o segmento de display), Infocomm (áudio e vídeo profissional) e Cable Show 2013 (TV por assinatura) - todos realizados nos últimos dois meses e fechados ao público.

Na IFA, o consumidor tem acesso aos estandes e pode até experimentar os produtos expostos. Na edição do ano passado, foram mais de 200 mil visitantes, sendo aproximadamente 10% profissionais vindos de vários países. "Certamente esse recorde será quebrado", garante Christian Göke, diretor-geral do evento. "Teremos mais expositores e mais atrações do que no ano passado, e os fabricantes sabem que precisam aproveitar essa oportunidade."

A disputa em torno das novas tecnologias de display, com tamanhos grandes, deve ser, mais uma vez, a principal atração da IFA 2013. Assim como no ano passado, os principais fabricantes acenam com TVs 4K e OLED, mas precisam ir além daquilo que, um ano atrás, era considerado pronto para ir ao mercado. "As tendências recentes indicam que OLED e Ultra-HD são mesmo as tecnologias mais indicadas para telas grandes", diz o vice-presidente da coreana LG, Sang-Deok Yeo. "No caso das telas menores, os fatores decisivos são alta resolução e baixo consumo de energia."

Os TVs de tela curva mostrados nos últimos eventos serão com certeza uma atração da LG, que no entanto ainda estuda o momento certo de colocá-los no mercado. O mesmo faz a Samsung, que na semana passada anunciou em Seul estar pronta para demonstrar displays OLED flexíveis (foto), com possibilidade de lançamento nos próximos meses.
Já a Sony - que luta para alcançar as duas coreanas tanto em TVs quanto em tablets e smartphones - tem como um de seus trunfos uma tecnologia chamada Quantum Dots, que utiliza um semicondutor do tipo nanocristal (2nm de diâmetro) com luz tão intensa quanto a do OLED. Esse componente está sendo usado nos novos TVs 4K que a empresa anunciou recentemente, de 55 e 65 polegadas.



[HT]

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