A edição 2013 da IFA, que acontecerá em Berlim nos
dias 6 a 11 de setembro, deve marcar mais uma etapa da corrida entre os
principais grupos detentores de tecnologia do planeta. Nos bastidores, ainda
sem confirmação oficial, as notícias são de que essas empresas estudam como
utilizar esse evento para mostrar que estão mais avançadas que suas
concorrentes, em campos como displays, interatividade, realidade virtual e
serviços em nuvem.
Mais importante evento de tecnologia de consumo da
Europa, a IFA (que nasceu na década de 1930 e só foi interrompida durante a
Segunda Guerra) disputa com a americana CES o privilégio de ser
"palco" dos lançamentos mais importantes do setor. Alguns produtos e
protótipos a serem exibidos em Berlim já foram vistos em eventos como NAB
(exposição voltada a profissionais de rádio e televisão), IBC (telecom),
SID/Display Week (para o segmento de display), Infocomm (áudio e vídeo
profissional) e Cable Show 2013 (TV por assinatura) - todos realizados nos
últimos dois meses e fechados ao público.
Na IFA, o consumidor tem acesso aos estandes e pode
até experimentar os produtos expostos. Na edição do ano passado, foram mais de
200 mil visitantes, sendo aproximadamente 10% profissionais vindos de vários
países. "Certamente esse recorde será quebrado", garante Christian
Göke, diretor-geral do evento. "Teremos mais expositores e mais atrações
do que no ano passado, e os fabricantes sabem que precisam aproveitar essa
oportunidade."
A disputa em torno das novas tecnologias de
display, com tamanhos grandes, deve ser, mais uma vez, a principal atração da
IFA 2013. Assim como no ano passado, os principais fabricantes acenam com TVs
4K e OLED, mas precisam ir além daquilo que, um ano atrás, era considerado
pronto para ir ao mercado. "As tendências recentes indicam que OLED e
Ultra-HD são mesmo as tecnologias mais indicadas para telas grandes", diz
o vice-presidente da coreana LG, Sang-Deok Yeo. "No caso das telas
menores, os fatores decisivos são alta resolução e baixo consumo de energia."
Os TVs de tela curva mostrados nos últimos eventos
serão com certeza uma atração da LG, que no entanto ainda estuda o momento
certo de colocá-los no mercado. O mesmo faz a Samsung, que na semana passada
anunciou em Seul estar pronta para demonstrar displays OLED flexíveis (foto),
com possibilidade de lançamento nos próximos meses.
Já a Sony - que luta para alcançar as duas coreanas
tanto em TVs quanto em tablets e smartphones - tem como um de seus trunfos uma
tecnologia chamada Quantum Dots, que utiliza um semicondutor do tipo
nanocristal (2nm de diâmetro) com luz tão intensa quanto a do OLED. Esse
componente está sendo usado nos novos TVs 4K que a empresa anunciou
recentemente, de 55 e 65 polegadas.
[HT]
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