O cheirinho é bem mais suave que o de um perfume, e, por isso mesmo,
casa muito bem com o clima tropical. A nova versão dos frascos que vem
ganhando espaço nas prateleiras está sendo chamada de eau fraîche
ou água perfumada. Mas pode chamá-la também de colônia. Sim, a boa e
velha água de colônia está de volta. Não que ela tenha sumido totalmente
do mercado, mas agora surge repaginada, a começar pelo nome.
As grandes grifes de perfumes, por exemplo, andam investindo nos vidros de eau,
com grandes lançamentos e campanhas. Nina Ricci foi uma das mais
recentes. Pela descrição, parece um perfume tradicional: notas de flor
de maçã, gardênia e almíscar branco. A diferença do vidro rosa da Nina
L’eau, porém, está na concentração, bem menor, das essências.
Assim
é também a versão água fresca feminina de L’eau de Chloé (com rosas),
Fan di Fendi (com chá verde) e Dahlia Noir, de Givenchy (com notas de
cedro e almíscar).
Especialista no assunto há mais de 20 anos e
autora do livro “Guia de perfumes”, Renata Ashcar explica que todos os
perfumes e águas são elaborados com água, álcool e fragrância — esta
última é a combinação de diferentes ingredientes aromáticos.
— No
caso do perfume, essa combinação pode chegar até a mais de 20% da
composição, já as águas de colônia têm, em média, 10% de concentração —
explica Renata. — A maneira de usar é a mesma: o produto deve ser sempre
aplicado nos pontos de maior pulsação sanguínea, como nos pulsos, na
nuca e entre os seios.
Além dos frascos sofisticados, os vidrões à
moda antiga, que lembram os do tempo da vovó, preservam um certo
charme. Nesse caso, as colônias são ainda mais levinhas, sugerindo que
se espalhe por todo o corpo, num banho de cheiro. Como a fixação é menor
(quanto menos concentradas, menos as fragrâncias duram na pele), dá
para caprichar mais na quantidade.
A linha L’Occitane en Provence é
assim, com opções de aromas florais, cítricos e frutais. A L’Occitane
au Brèsil (nova marca do grupo, só com matérias-primas brasileiras)
também lançou uma coleção de colônias com nomes entre Jenipapo e
Mandacaru.
As brasileiras O Boticário e Natura apostam em versões
de águas que são chamadas de splashes, uma espécie de colônia
desodorante.
— Nestes caso, as concentrações de fragrâncias caem ainda mais, para 3% — diz Renata Ashcar.
O
Boticário lançou 12 cheirinhos, com misturas como jabuticaba e
castanha; mandarina e damasco; e rosa e cassis. Já a Natura vai ampliar
em julho a linha Ekos, com as águas perfumadas por essências exóticas de
sementes de cumaru e óleo de priprioca.
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