Esta
semana, no evento de lançamento de sua nova linha de TVs, a Sony forneceu dados
a respeito. Nos doze estádios da Copa, haverá ao todo 340 câmeras 4K, modelo
PMW-F55 (foto), e mais 72 câmeras do tipo Supermotion, que captam até 5.000
quadros por segundo (as câmeras convencionais captam 25fps). Essas câmeras 4K
utilizam CMOS (microprocessador) para leitura de sinal com qualidade de cinema
(35mm). Cada estádio terá ainda uma unidade de produção e um link de satélite.
Na instalação e operação de todos esses equipamentos, técnicos da Globo terão a
companhia de colegas da própria Sony, vindos do Japão, e também da NHK,
emissora estatal japonesa.
A
ideia é repetir o esquema usado na Copa da África do Sul, quando a captação dos
jogos foi feita em 3D e as imagens puderam ser vistas por assinantes da Net,
além de exibidas em alguns cinemas do país. A transmissão de imagens 4K é mais
complexa, porque trata-se de um sinal com quatro vezes mais pixels do que o
sinal de TV convencional (1080i). Comprimir tudo isso sem provocar perdas ou
travamentos é algo que ainda está sendo tentado, especialmente para um evento
dessa natureza, em que milhares de pessoas vão querer acessar o sinal ao mesmo
tempo (claro, considerando que até lá tenham sido vendidos milhares de TVs 4K,
como comentamos aqui outro dia).
Na
Copa das Confederações, que começa no próximo dia 15, parte desse arsenal
tecnológico já estará sendo usado. Segundo Luiz Padilha, vice-presidente da
divisão de vídeo profissional da Sony, uma unidade móvel do tamanho de um
ônibus, que a Sony mantém em Londres, está sendo embarcada para o Brasil e será
instalada no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, para captar e transmitir
imagens do primeiro jogo.
A
impressão é de que, no plano tecnológico, tudo está sendo feito como manda o
figurino (a Sony é uma das patrocinadoras da Fifa). Infelizmente, não podemos
dizer o mesmo da organização dos eventos.
[Orlandobarrozo]
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