Na semana passada, LG e Samsung começaram a
distribuir em algumas lojas dos EUA os primeiros TVs OLED com tela curva. Já
comentamos o assunto aqui, e alguns leitores até fizeram pouco caso
(“quem vai querer um TV desses?”, perguntou alguém). Evitei me estender nesse
assunto, porque até hoje não tive oportunidade de ver funcionando um aparelho
de tela curva, a não ser em laboratório. O princípio é interessante: de
qualquer ponto da sala, o usuário teria a mesma visão da tela, sem distorções.
Também não vi, ainda, nenhuma resenha sobre essas telas. De qualquer modo, as
duas empresas coreanas estão cautelosas com a novidade, tanto que só colocaram
os produtos em pouquíssimas lojas. Ambos têm 55 polegadas e custam na faixa de
US$ 15 mil, ou seja, cerca de dez vezes o preço de um equivalente Full-HD com
tela convencional.
A tecnologia de leds orgânicos (OLED) tem
defensores ardorosos entre os especialistas, mas, como já explicamos aqui,
ainda enfrenta uma série de desafios técnicos e industriais. Nenhum fabricante
descobriu até agora como fabricar os vários painéis que compõem o display (cada
um deles com espessura milimétrica) e depois juntá-los de forma eficiente e a
um custo administrável.
Enquanto isso, a indústria como um todo tenta fazer
decolar os TVs com painel convencional (plasma ou led) mais sofisticados,
embutindo neles processadores de última geração. Vários desses modelos já estão
à venda no Brasil, incluindo aí os de resolução 4K. É o que se pode chamar de
“high-end dos TVs”, já que essa expressão sempre esteve mais ligada ao segmento
de áudio. Numa rápida pesquisa, e considerando somente os modelos a partir de
55 polegadas, encontramos nada menos do que 20 modelos, sendo quatro deles com
tela de plasma.
(Além disso, há os dois 4K que a Sony já lançou,
com tamanhos de 55″ e 65″, cujos preços à vista estão em R$ 11.800 e R$ 20.900,
respectivamente. Está chegando também o gigante da Samsung, 85 polegadas, que
será o mais avançado entre todos no país, mas cujo preço deve alcançar a faixa
dos R$ 130 mil. E, ainda em 4K, continuam disponíveis os de 84″ da LG e da
Sony, que foram os primeiros a sair, no final do ano passado.)
Bem, voltando aos Full-HD, como dissemos não faltam
opções. Entre os LED-LCDs, são sete modelos de 55″, cujos preços variam entre
R$ 4.200 (Panasonic) a R$ 6.900 (Philips). Existe grande disparidade de
recursos e design, portanto convém fazer uma boa comparação. Na faixa de 60″,
encontramos três: Samsung (preço médio de R$ 7.600), LG (R$ 7.200) e Sony (R$
6.350); e aqui também há algumas diferenças técnicas importantes. Em 65″, temos
Sony (R$ 9.400), Toshiba (R$ 9.999) e Samsung (R$ 12.700). E, para quem procura
modelos maiores, são três as alternativas: Sharp 70″ (R$ 13.600), LG 72″
(24.300) e Samsung 75″ (24.000). Vale lembrar que esses gigantes só são
encontrados em pouquíssimas lojas, geralmente sob encomenda.
Para quem prefere plasma, são quatro as opções
atualmente. A LG mantém em linha um modelo de 60″, cujo preço médio está na
casa dos R$ 4.800. Já a Samsung continua distribuindo um de 64″, mas bem mais
caro (e também mais avançado): R$ 9.900. E a Panasonic oferece dois: 55″ (R$
8.000) e 65″ (R$ 10.700).
Alguns deles já foram testados por nossa equipe, e
as avaliações estão disponíveis no site hometheater.com.br.
São os casos do Philips 55″, Sharp 70″ (na verdade, o teste foi
feito com o modelo de 80″, que é bem parecido), Panasonic 55″ e Toshiba 65″, sem falar no 4K LG de 84″, analisado em primeira mão no
final de 2012. Nos próximos dias, publicaremos ainda o teste do Samsung 75″;
outros estão disponíveis para quem é assinante da revista HOME THEATER &
CASA DIGITAL.
[Orlandobarrozo]
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