Houve quem pensasse que, com a popularização dos TVs de tela grande,
os projetores iriam desaparecer das casas e apartamentos. Não é o que
acontece, segundo as pesquisas mais confiáveis pelo mundo afora. Uma das
mais recentes, da empresa americana Futuresource Consulting,
mostra que o crescimento foi de 11,4% nos doze meses terminados em
junho. O número se refere às vendas dos fabricantes ao varejo e incluem
ainda as vendas diretas a órgãos de governo e grandes empresas.
Como sempre, não há números sobre o Brasil – apenas a informação de
que as vendas vêm sendo prejudicadas por greves nos portos, o que não
chega a ser novidade. Mas o uso de projetores parece estar crescendo em
países importantes, como Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Este
ainda é o maior mercado do planeta, com vendas de quase 600 mil unidades
em um ano, vindo a seguir a China, com 430 mil.
Conversando com Gabriel Gonçalves, que coordena a área de projetores
da Epson do Brasil, percebi otimismo, especialmente com a adoção dos
modelos 3D. Depois de um período de certa estagnação, a empresa japonesa
– que detém alta tecnologia no setor – voltou a apostar no país e está
lançando mais dois projetores desse tipo (mais detalhes neste vídeo).
Há uma razão técnica para essa espécie de revival: nem todo
mundo está satisfeito com a imagem brilhante dos TVs, especialmente
quando se trata de ver filmes que contêm cenas escuras. Quanto maior o
tamanho do TV, maior o envolvimento; mas, dependendo do conteúdo, maior
também a irritação nos olhos. Com um projetor – e, claro, uma boa tela
de projeção – é possível obter imagens excepcionais de 100, 120
polegadas (ou até maiores, dependendo do espaço disponível) numa sala
com iluminação controlada.
O problema, muitos usuários não querem admitir, é que a regulagem de
um projetor nem sempre é fácil, embora modelos recentes possuam mais
controles automatizados. Escolher e instalar
a tela de projeção mais adequada também exige certa experiência. E nem
todo mundo quer pagar por isso. Aí, então, o TV acaba sendo bem mais
cômodo.
[HT]
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