22 de fevereiro de 2013

Seja bem-vindo à era do cyberfutebol

A revolução tecnológica no futebol já chegou. Não se limita apenas aos modernos sistemas de transmissão televisiva, que permitem assistir às partidas e às jogadas com vários detalhes e enorme qualidade a partir de todos os ângulos, estando cada vez mais presentes no campo e também entre os jogadores.

Pesquisadores da Universidade Carlos III, em Madri, estão aplicando o 3D estereoscópico (3D-e) para gravar as jogadas de impedimento que a Fifa utilizará como material de aprendizagem nos cursos de formação de árbitros assistentes.

A técnica de criação de imagens estereoscópicas utiliza duas lentes, uma para cada olho, a fim de alcançar uma maior sensação de profundidade. Assim, o sistema perceptivo visual de quem as observa usa a diferença entre as imagens emitidas por cada olho para calcular a profundidade.

O objetivo dessa inovação é melhorar o aprendizado dos assistentes com materiais multimídia para que eles consigam uma experiência visual mais parecida com a dos árbitros em campo e possam treinar a percepção visual na tomada de decisões sobre jogadas de impedimento.

Para isso, os pesquisadores do grupo TECMERIN, da Universidade Carlos III, estão empregando essa técnica de gravação em 3D-e para que a Fifa a utilize como material de aprendizado em seus cursos de formação de árbitros assistentes, dentro do plano de aperfeiçoamento e profissionalização da arbitragem no mundo todo.

Os pesquisadores do TECMERIN gravaram 1 mil simulações de jogadas de impedimento em 3D-e com diferentes modalidades de exercícios similares aos utilizados nos cursos de formação de árbitros internacionais da Fifa.

"Entre essas simulações serão escolhidas as mais ajustadas para criar um material interativo que possa ser utilizado pelos árbitros assistentes de todo o mundo", explicou Manuel Armenteros, professor da Universidade Carlos III e coordenador do projeto.

Jogadas em três dimensões - Essa tecnologia "irá melhorar significativamente a experiência de aprendizagem porque o entorno com imagens 3D-e gera uma experiência visual muito mais realista que as imagens em duas dimensões", explicou Armenteros.

Segundo o pesquisador, "essa técnica está alcançando uma grande expansão devido ao tratamento digital, já que a superposição das duas imagens necessárias para criar imagens 3D-e se simplifica com o uso do computador, que elimina as imperfeições".

O 3D-e já está desembarcando no âmbito doméstico, tanto em dispositivos de gravação como de visualização, originando um novo entorno visual que representará "um salto na criação de imagens comparável à chegada da cor aos monitores", na opinião de Armenteros.

Em outra frente, para acabar com os "gols fantasma", a Fifa decidiu adotar a tecnologia da Select iBall como equipamento padrão para as bolas de futebol das próximas competições oficiais.

A Select iBall, desenvolvida pela companhia dinamarquesa Select Sport A/S, tem em seu interior uma malha de fios de cobre capaz de ser detectada pelos sensores instalados nas traves, um sistema similar ao dos alarmes anti-roubo de estabelecimentos comerciais.

Quando esses sensores detectam que todos os fios de cobre dispostos no interior da bola ultrapassaram a linha do gol, um alarme é ativado no relógio do árbitro de forma a confirmar o gol.

O sistema já demonstrou sua efetividade em diversos testes realizados durante os últimos meses. Com essa tecnologia, a bola manterá o mesmo aspecto por fora e não poderá ser distinguida das bolas atuais. Em teoria, também não terá seu comportamento alterado no campo de jogo, de acordo com a companhia que a desenvolveu.

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