A
união entre a holandesa Philips e a chinesa TPV começou oficialmente este mês e
deve levar às lojas brasileiras seus primeiros produtos em junho. Em evento na
semana passada, executivos da TP Vision - joint-venture que tem 70% de
participação da TPV (também dona da marca AOC) e 30% da Philips - anunciaram o
lançamento de 25 modelos ao longo deste ano.
"Todos
da TP Vision dormem e acordam pensando apenas nos TVs", resumiu Nelson
Carneiro, presidente da TP Vision no Brasil. "A meta é nos consolidarmos
entre as três maiores empresas de TVs do mundo". Para esse objetivo, o
grupo Philips, que já foi líder do segmento no país, decidiu explorar a força
de sua marca, só que não mais como fabricante. Para isso, irá usar a estrutura
da TPV, hoje o terceiro maior fabricante de displays do planeta. "Uniremos
o melhor de cada uma das empresas para crescer de forma rentável e fortalecer a
marca Philips", prometeu Carneiro. "Melhorando o processo na cadeia
de suprimentos, seremos competitivos com os principais players do
mercado."
A
estratégia faz parte de um plano mundial, que coloca o Brasil como a maior
prioridade do grupo. Também na semana passada, o presidente mundial da TP
Vision, Maarten De Vries, confirmou que o plano é, de fato, brigar com as
atuais líderes de mercado, as coreanas LG e Samsung. Com esse objetivo, foi
mantida a estrutura de desenvolvimento de produtos da Philips, com quatro
centros de inovação (inclusive um no Brasil), e o grupo decidiu aumentar os
investimentos no setor. Segundo Carneiro, o objetivo é aumentar a escala para
reduzir os custos com a logística de produção. "Mas a qualidade dos
produtos é intocável, isso está muito claro para nós."
Um
dos motivos da prioridade dada ao Brasil é o enorme potencial de consumo da
classe C. Segundo Alexandre Escorel, diretor de marketing da TP
Vision, embora o Brasil tenha 96% de penetração de TVs, apenas 17,5% são
de modelos de LCD, LED ou plasma. "A classe C vai representar 40% de todo
o PIB até 2020. Há muito televisor de tubo para ser trocado, e acreditamos que
a penetração dos modelos de tela fina nos próximos três anos saltará para
46%", diz Escorel.
Pelos
dados da Eletros, em 2011 foram vendidos no país cerca de 12 milhões de TVs,
sendo 59% LCDs e 40% LEDs. Em 2012, já no primeiro trimestre as lojas venderam
mais aparelhos LEDs.
[Planetech]
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