3 de julho de 2013

Paraenses aproveitam a natureza e a tranquilidade na Ilha do Combu


Da Ilha do Combu, é possível avistar quase toda a orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
Da Ilha do Combu, é possível avistar parte da orla da capital paraense (Foto: Ingrid Bico/G1)
 
Aproveitar um dia de sol com a família ou com os amigos na Ilha do Combu é um dos programas tradicionais entre os paraenses que vivem em Belém, especialmente durante o mês de julho, quando são registradas as temperaturas mais altas na capital. Graças à proximidade, o acesso ao local tem um preço acessível e é bastante simples – basta atravessar o rio Guamá.
 
Acesso aos restaurantes é feito de barco, que aportam em pequenos trapiches (Foto: Ingrid Bico/G1) A travessia de Belém para o Combu dura em média 15 minutos, e é feita por embarcações que saem de um pequeno porto na praça Princesa Isabel, no bairro da Condor, em Belém. Aos finais de semanas, é possível ver a movimentação de crianças, jovens e adultos - às vezes famílias inteiras - aguardando a hora de embarcar.

O acesso à praça pode ser feito de táxi ou de ônibus. Quem optar por ir de carro particular pode deixar o veículo em um dos pontos de estacionamento disponíveis no entorno da praça.

Alguns estacionamentos demarcados na rua, apesar de não pertencerem a nenhuma empresa terceirizada, cobram R$ 10 pela diária.
 
Lazer
No Combu, além dos restaurantes, os visitantes também podem aproveitar a visita para tomar um banho de rio e apreciar a natureza. Com uma infraestrutura simples e confortável, alguns estabelecimentos têm atividades de lazer, como parquinhos para as crianças e trilhas ecológicas para quem quiser se aventurar ilha adentro. A atividade é feita sem acompanhamento de um guia, mas o visitante é orientado a respeitar a sinalização indicativa dos limites da trilha.

Área de lazer tem bastante espaço para as crianças brincarem à sombra (Foto: Ingrid Bico/G1)
Área de lazer tem bastante espaço para as crianças brincarem à sombra (Foto: Ingrid Bico/G1)
 
Dentre as várias opções de restaurante disponíveis na ilha, os mais tradicionais são a "Saldosa Maloca", "Combu da Amazônia", também conhecida como antiga B&B, e a "Maloca do Pedro". Em julho, os dois primeiros funcionam de sexta-feira a domingo, de 10h às 18h. A "Maloca do Pedro" geralmente abre aos sábados e domingos, mas é importante ligar com pelo menos um dia de antecedência para confirmar o horário de funcionamento. Também é possível fazer reserva de mesas.

Infográfico Ilha do Combu (Foto: Nathiel Moraes/G1)

Especialista quando o assunto é a vida na ilha, a administradora Prazeres Quaresma dos Santos, mais conhecida como dona "Neneca", lembra com carinho da época em que começou a trabalhar no restaurante da família: a "Saldosa Maloca". "Comecei aqui ainda muito novinha, atendendo as mesas, servindo as pessoas. Depois fui agregando responsabilidades, e atualmente gerencio todo o restaurante", conta. Atualmente dona Neneca ainda mora no Combu, junto com os pais e alguns familiares. No mês de julho, o local chega a atender 700 pessoas a cada final de semana.

A “Saldosa” já funciona há mais de 30 anos no Combu. Sobre a grafia do nome, dona Neneca conta que foi um equívoco que acabou se tornando a marca registrada do restaurante. “Meu pai e meu tio mandaram fazer a placa para pendurar na entrada, mas o rapaz que estava pintando escreveu errado. Aí foi ficando para arrumar depois, outro dia, e ninguém nunca consertou. Agora, todo mundo já se acostumou”, explica.

Gastronomia
Nos restaurantes da Ilha do Combu, o cardápio é bastante variado. Os pratos com peixes típicos da região, como o filhote e a pescada amarela, estão entre os mais pedidos pelos clientes. O açaí, produzido na própria ilha, também está entre os destaques da culinária local.


Uma refeição completa para duas pessoas pode sair entre R$ 35 e R$45, dependendo do prato escolhido. Além das opções de peixe, também existem pratos com carne bovina, frango e frutos do mar, incluindo caranguejo toc-toc.  Uma porção com dois caranguejos, acompanhados por vinagrete e farofa, custa em torno de R$ 12. Uma tigela de açaí, que tem aproximadamente 300ml, custa em média R$ 8,50, mas é preciso consultar a disponibilidade do local. A maioria dos restaurantes aceita cartões de crédito, mas levar o dinheiro em mãos pode ser uma opção mais precavida.

Entre os pratos servidos nos restaurantes está a pescada amarela à milanesa, com arroz de jambu (Foto: Ingrid Bico/G1)
Entre os pratos servidos nos restaurantes está a pescada amarela à milanesa com arroz de jambu (Foto: Ingrid Bico/G1)
 
Visitantes
Para a designer Tuane Costa, paraense de 24 anos, o passeio para o Combu é sempre muito divertido, e principalmente: uma opção que não é apenas para turistas. “Sempre que chega alguém de fora (da capital) eu indico ou levo, claro. Mas acho que lá não é apenas um lugar para turistas, pelo contrário! Acho que é um lugar nosso, e deve ser explorado por todos os paraenses! É muito a nossa cara”, avalia.


A designer Tuane Costa costuma ir à ilha duas vezes por mês (Foto: Ingrid Bico/G1)
A designer Tuane Costa costuma ir à ilha duas
vezes por mês (Foto: Ingrid Bico/G1)
Desde 2007, quando foi pela primeira vez para a ilha, Tuane garante que costuma atravessar o rio uma ou duas vezes por mês para curtir o passeio com os amigos e a família. “A primeira vez que eu fui, em 2007, nem sabia do que se tratava... E fui surprendida! Não tinha noção do tamanho da estrutura do lugar. Desde então me apaixonei e passei a ir sempre”, conta.

Segundo ela, o passeio tem um ar nostálgico, quase como se, durante a travessia do rio, um filme passasse diante dos olhos do visitante. “A forma com que tudo acontece, desde a viagem no barquinho ‘popopo’ (expressão referente ao barulho que faz o motor do barco), passando pelos ribeirinhos... A gente vê uma realidade completamente diferente da nossa, e a apenas alguns minutos da cidade. Isso tudo me agrada muito”, confessa.

[Globo]

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