12 de abril de 2013

Retina Display ou Full HD: entenda a diferença entre os dois tipos de tela

Na hora de comprar um computador, os usuários têm à disposição tantas informações que podem acabar perdidos. Estão disponíveis no mercado diversos aparelhos com telas Full HD, que buscam concorrer com o display de alta definição desenvolvido pela Apple, chamado Retina. Para quem não entende muito do assunto, mas quer comprar uma máquina que tenha boa resolução de imagem, o TechTudo explica as principais diferenças entre estes dois tipos de tela.

Entenda as vantagens dos MacBooks Pro com tela Retina em relação aos notebooks Full HD (Foto: Reprodução) 
Entenda as vantagens dos MacBooks Pro com tela Retina em relação aos notebooks Full HD (Foto: Divulgação/Apple)

Para compará-las e encontrar a resposta ideal às necessidades de cada um, é fundamental conhecer bem as distinções entre suas tecnologias. As telas Full HD são usadas por diferentes fabricantes de computadores (como LG, Sharp, Foxconn e muitos outros) e devem ter a resolução de 1920 x 1080 pixels, independentemente de suas dimensões em polegadas. Já aquelas denominadas Retina seguem um padrão determinado pela Apple.
 
Telas Retina
Retina Display é o nome usado pela Apple para definir todas as telas de cristal líquido usadas em seus produtos cuja resolução e densidade de pixels sejam tão altas que o olho humano se torna incapaz de visualizar pontos individuais a distâncias variáveis. Essa palavra, variáveis, é o ponto-chave para entender o nome da tela e o apelo que ele causa.

O display de um iPhone, por exemplo, por ser mais compacto (quatro polegadas contra 15 de um típico MacBook Pro), pode atingir uma densidade de pixels significativamente maior. Ou seja, mesmo de perto, eles serão difíceis de identificar. Em um aparelho de 15 polegadas a situação é diferente: a tela é maior e seus pixels são mais facilmente percebidos.

Imagem da Adobe ajuda a entender a relação de densidade de pixels com qualidade e definição da imagem. No primeiro corte, uma foto com apenas 60 pixels por polegada. Abaixo, outra com 240 pixels por polegada (Foto: Reprodução)
Imagem da Adobe ajuda a entender a relação de densidade de pixels com qualidade e definição da imagem.  (Foto: Reprodução / Adobe)

Basicamente, isso quer dizer que um computador com este tipo de tela terá, sim, uma qualidade impressionante de imagens - sobretudo se comparado a computadores mais simples -, mas ainda assim, não terá o mesmo aspecto definido daqueles dos iPhones. No fim das contas, o Retina Display é mais uma ampla definição de cunho mercadológico do que uma classificação tecnológica.

Isso acontece porque um celular da Apple tem 326 pixels por polegada e um MacBook Pro, “apenas” 288. Por essa razão, é importante deixar de lado o nome e prestar atenção nas suas configurações e naquilo que ela pode oferecer em termos de qualidade para o seu cotidiano.

Para que tanta resolução?
É importante falar sobre o grande diferencial das telas Retina e suas concorrentes Full HD nos notebooks: a resolução máxima. Como já informamos, a tela Full HD chega a uma resolução máxima de 1920 pixels de largura por 1080 de altura. Em um notebook de 15,6 polegadas isso significa 141,5 pixels por polegada, número inferior aos 288 pixels por polegada do MacBook Pro de aproximadamente mesmo tamanho, que alcança 2880 x 1800 pixels de resolução máxima. Isso quer dizer que a segunda opção será melhor para trabalhar com imagens e ver vídeos em alta resolução do que a primeira.

Visão geral do 15R (Foto: Stella Dauer) (Foto: Visão geral do 15R (Foto: Stella Dauer))
Inspiron 15R, da Dell, é um exemplo de PC com tela Full HD (Foto: TechTudo/Stella Dauer)

Como a venda de televisores com resoluções maiores que a Full HD ainda é tímida e mesmo a difusão de computadores equipados com telas tão poderosas ainda engatinha, a indústria do entretenimento não tem filmes, séries e jogos produzidos para tirar proveito de toda essa capacidade. Caso sua decisão de compra esteja profundamente vinculada ao uso para entretenimento, é bom considerar o fato de que vai demorar um pouquinho para curtir um vídeo que aproveite toda a capacidade da tela Retina. E é provavel que, quando já houver este tipo de material disponível, que as TVs já tenham subido ao patamar do 4K de resolução.

Isso, no entanto, não quer dizer que um computador com tela Retina seja uma má opção de compra. Para uso profissional, designers e editores de vídeo não pensarão duas vezes em defender a opção com a maior resolução possível. Afinal, um display de maior qualidade dá mais margem para desenvolver seu trabalho com mais qualidade.
 
Full HD é suficiente?
Se a ideia é jogar ocasionalmente, ver filmes e séries, um computador com tela Full HD pode ser a sua melhor opção. Não só do ponto de vista de ampla oferta de conteúdo: um notebook do gênero pode ser comprado com preços a partir de  R$ 2000. Já o MacBook Pro com tela Retina mais barato, de 13 polegadas, custa R$ 5999 (a versão mais barata com tela de 15 polegadas é vendida pela Apple por R$ 9999).
 
Como escolher o notebook pela tela?
Outra grande vantagem da Apple nessa briga é o fato de que todas as telas usadas nos MacBooks Pro com Retina são rigorosamente iguais. Os níveis de brilho, contraste e saturação de cores possíveis nesses displays são padronizados entre a linha. Ou seja, não há risco de que você veja uma tela Retina em aparelho e acabe comprando outro com um display que se mostre inferior.

O mesmo não acontece com os demais notebooks. Dada as características do mercado dos PCs, é bastante improvável que a tela Full HD de um aparelho da HP, por exemplo, seja a mesma de um da Dell, ainda que ambos tenham o mesmo tamanho. Por fim, melhor maneira de definir uma compra de notebook pela qualidade da sua tela ainda é olhando para ela em funcionamento, estabelecendo comparações com outros modelos e, claro, se informando sobre o produto.

[Techtudo]

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