17 de julho de 2012

TVs OLED: coreanos mais cautelosos

Embora seja uma das principais apostas da indústria eletrônica para os próximos anos, a tecnologia OLED está sendo reavaliada. Pelo menos, é o que diz o bem informadíssimo site japonês (escrito em inglês) Digitimes. Os dois maiores grupos que investem nesse tipo de display – as coreanas Samsung e LG – revisaram os planos de fabricação, diz o site, para números mais conservadores. O problema, como se previa, é que não se encontrou até agora uma forma de reduzir os custos de fabricação e, portanto, o preço final desses aparelhos, quando chegarem ao mercado, será bem salgadinho.

O modelo da LG, por exemplo, que tem 55 polegadas e deve ser lançado primeiro (a previsão para o mercado coreano é julho; para Europa e EUA, setembro), tem preço estimado em US$ 8.000; o da Samsung, também de 55″, mas que utiliza um sistema diferente para composição das imagens, ficaria na casa dos US$ 10.000. Isso equivale a cerca de três vezes o custo médio de um TV atual. E, como lembrou outro dia o presidente da Panasonic, Kazuhiro Tsuga, a tendência é que os TVs OLED sejam mesmo caros por um bom tempo.

Não estranha que as duas coreanas, líderes atuais do mercado e com muito dinheiro para investir, tenham cortado suas previsões de venda. A LG anunciou de início que produziria 100 mil unidades por mês, mas reduziu agora para 50 mil. A Samsung chegou a planejar 200 mil, mas até agora não confirmou os novos números. Entre os especialistas, a impressão é que a Samsung irá esperar o lançamento da LG para só então se definir – seu lançamento ficaria então para 2013 (mais detalhes aqui).

Há também razões técnicas para essa revisão de planos. Existem três ou quatro tipos de painel orgânico para vídeo, e os fabricantes ainda não dominam as respectivas tecnologias de fabricação. O segredo está em produzir diodos minúsculos para recriar a imagem a partir de subpixels correspondentes às três cores primárias: verde, azul e vermelho. A LG escolheu o processo aparentemente mais rápido e barato (ou menos caro), chamado WOLED, ou “OLED branco”. Nele, há quatro diodos emissores de luz, todos brancos (a cor que sintetiza todas as outras), só que três deles recebem filtros RGB. Já a plataforma da Samsung prevê o uso de OLEDs com subpixels RGB nativos.

[Orlandobarrozo]

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