18 de março de 2012

TVs mais do que inteligentes

No mesmo dia em que a Sony anunciou que irá reduzir a quantidade de modelos de TVs lançados nos EUA, para tentar ganhar mais com cada um deles, sua maior concorrente, a Samsung, apresentou em Nova York nada menos do que 57 novos TVs. São 16 plasmas e 41 LEDs, todos chegando às lojas dos EUA em março. No final do mês, a empresa coreana fará um evento semelhante na cidade de Lima (Peru), para mostrar quais desses modelos chegarão à América do Sul.

A principal novidade é o TV com reconhecimento de voz, gestos e face, que estreou na CES, em janeiro, e já comentamos aqui. No entanto, mais do que as características físicas dos aparelhos, é interessante observar a estratégia da Samsung, baseada em suas conclusões a respeito do novo comportamento dos consumidores. Eric Anderson, vice-presidente da empresa, disse ao site da revista Wired que muita coisa está mudando: “Sabemos que é muito difícil conquistar todos os membros de uma família. Alguns preferem Apple, outros Android… Por isso, o importante é criarmos produtos que possam se conectar entre si, independente da plataforma, seja um TV, um tablet, uma câmera ou o que for”.

A Samsung está chamando seus novos modelos de “Smarter TVs” (TVs “mais inteligentes”), com o argumento de que são capazes de aprender mais funções a partir da simples atualização do software Smart Hub, que agora passa a ser universal em seus produtos. Segundo Anderson, a taxa de ativação subiu nos últimos três meses de 55% para 63% – esse é o nome que a empresa dá ao processo de entrada do consumidor na web através do TV. “Temos o controle de tudo, desde o momento em que a pessoa liga o TV a sua rede, registra seu nome e começa a acessar os conteúdos que oferecemos”.

Desde 2010, quando lançou os primeiros TVs conectados, a Samsung diz que vem analisando o comportamento dos usuários, inicialmente chamados early adopters, que é como a indústria em geral identifica aqueles que gostam de ser os primeiros a comprar produtos novos. Agora, chegou a hora de conquistar o que Anderson chama de early majority, ou seja, a maioria dos que se ligam em tecnologia. “Eles estão nos dizendo o que fazer. E já ficou claro que não querem apenas se conectar à internet, mas conectar o máximo possível de aparelhos entre si”.

[Orlandobarrozo]

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