Quando a B.A.A. (Associação de Basquete da América) se fundiu com a NBL
(Liga Nacional de Basquete) em agosto de 1949, nasceu a NBA (Associação
Nacional de Basquete), a mais famosa e importante liga do basquete
mundial da atualidade. Com 30 franquias milionárias, grandes craques,
diversos patrocinadores e a responsabilidade de manter e desenvolver a
paixão dos americanos pelo esporte nativo dos Estados Unidos, é preciso
muito trabalho de bastidores. E, para isso, há uma espécie de
quartel-general, os escritórios da NBA, que abrigam centenas de
funcionários de diversos segmentos em seis andares da imponente "Olympic
Tower" (do inglês, "Torre Olímpica"), um edifício de 51 pisos na
Midtown Manhattan, em Nova York.
Basta sair do elevador no 14º andar, o primeiro que pertence à NBA,
para sentir a atmosfera que exala basquete. O piso é todo feito com a
mesma madeira das quadras oficiais onde jogam as equipes da liga
americana. Há marcações de garrafão e até cestas de basquete espalhadas
pelo local. Um painel mostra os escudos de todos os times. Na sala de
espera, uma televisão de LED ligada, claro, com uma partida sendo
transmitida. E a palavra "History" (do inglês, "História"), escrita na
parede de vidro que separa a recepção de uma sala de reuniões, é
perfeita para o lugar, um verdadeiro caldeirão de memórias da história
do esporte e da liga.
Há camisas por todos os lados, quadros dos campeões, miniaturas de
grandes craques, figurinhas dos "Rookies" ("Novatos"), bolas e, nas
mesas, diversos itens que fazem parte da personalização de cada baia
pelos sorridentes funcionários que parecem estar se divertindo, não
trabalhando.
- Aqui em Nova York são seis andares, é o nosso "QG". Mas também temos
em Nova Jersey, que tem uma produção muito grande, fora os escritórios
locais. É uma operação gigante. Na América do Sul, temos um no Brasil,
no Rio de Janeiro, com cinco pessoas. Há também um na Cidade do México,
com mais cinco funcionários - relatou o colombiano Philippe Moggio,
vice-presidente da divisão da América Latina da NBA desde fevereiro de
2010, ao lado de um boneco do astro LeBron James, do Miami Heat, feito
em tamanho real com peças de Lego.
O executivo, que abriu as portas dos escritórios da NBA ao
GLOBOESPORTE.COM, conta que há, pelo menos, 25 departamentos. São eles:
operações de basquete; operações de transmissão; comunicações;
comunidade e programas de jogadores; serviços de criação; eventos e
atrações; administração; finanças e benefícios; parcerias globais de
marketing; grupo global de merchandising; recursos humanos; tecnologia
da informação; serviços interativos; internacional; distribuição de
mídia internacional; legal; negócios; marketing; Liga de Desenvolvimento
da NBA; fotos, programação e produção de entretenimento da NBA;
operações de arbitragem; segurança; desenvolvimento estratégico; time de
marketing e operações de negócios; e WNBA (liga feminina). Cada um
possui uma função específica e ajuda a fazer a engrenagem rodar para que
o espetáculo aconteça dentro de quadra.
- É interessante o nosso funcionamento. Eu cubro uma região, que é a
América Latina, mas dentro dela preciso trabalhar com todas as funções. É
uma organização bem "matrix". As funções são completamente
entrelaçadas. Temos licenciamento de mídia, TV, patrocínios, que incluem
eventos e outras atividades, e a parte de merchandising. Temos funções e
grupos em todas essas áreas. Em conjunção, trabalhamos com a parte
administrativa e outras áreas, como relações públicas, advogados, RH. É
uma organização que trabalha toda em conjunto. Temos uma área de
operações de basquete, que mexe com relações com times e atletas, entre
outras. Tentamos maximizar os objetivos dos times global e localmente.
Nosso objetivo principal é a evolução do esporte como um todo. No meu
caso, na América Latina, envolvendo o Brasil - comentou Philippe Moggio.
Sala de espera tem imagens de jogadores (Foto: Gabriel Fricke)
Para que o escritório consiga concretizar o objetivo de evoluir o
esporte como um todo, é preciso que a questão do legado esteja bem clara
para os funcionários. Eles devem estar imersos no ambiente do basquete.
Por isso, a NBA alimenta o seu escritório com um acervo sem igual sobre
a liga. No local, é possível ver até raras figurinhas de Larry Bird,
lenda do Boston Celtics, ainda no começo da carreira.
Há um painel com muitos bonecos "bobblehead", cabeças de mascotes
espalhadas pelas baias, bolas antigas de couro e atuais de todas as
cores, uma parte de produtos com bonés e camisas de todas as franquias,
tênis usados por grandes craques, quadros com fotos e desenhos
históricos, e, até mesmo, sapatos de salto alto coloridos e
personalizados com escudos e cores de cada equipe. Até mesmo o
refeitório, que oferece café da manhã, almoço e jantar, possui imagens
de jogos em paineis na parede e televisões com partidas sendo
transmitidas.
Entre os adornos dos funcionários, está uma coleção de saltos altos dos times (Foto: Gabriel Fricke)
Com a função de estreitar o relacionamento com o Brasil, a CBB
(Confederação Brasileira de Basquete) e a LNB (Liga Nacional de
Basquete), a NBA realizará uma partida no país. No dia 12 de outubro, a
Arena da Barra, no Rio de Janeiro, receberá o confronto entre Washington
Wizards, onde joga Nenê Hilário, e Chicago Bulls, que deve ter o
retorno de Derrick Rose, fora da última temporada por conta de uma
lesão, no NBA Global Games.
Astros da era Michael Jordan do time de Chicago, como Scottie Pippen, Horace Grant, John Paxson e Randy Brown já confirmaram presença.
O confronto é parte de uma programação abrangente do calendário
internacional da NBA, que incluirá 12 equipes da liga em um total de dez
jogos em sete países durante a temporada 2013/14. Das dez partidas,
duas são de temporada regular, em Londres e Cidade do México.
[Globo]
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