30 de outubro de 2013

Jovem paga menos de R$ 3 mil para viajar seis países na classe executiva

Por menos de R$ 3 mil, a professora de inglês e fotógrafa americana Alissa Haupt, de 25 anos, voou em classe executiva de Minneapolis, nos EUA, até Xangai, na China – com a volta incluída. A viagem foi "paga" com 90 mil milhas: a jovem desembolsou R$ 2.900 para comprar 30 mil milhas, ganhou outras 30 mil como parte de uma promoção, e ainda recebeu um bônus de 30 mil milhas na primeira compra que fez com um cartão de crédito.

Segundo Alissa, o valor das passagens seria o mesmo se ela fosse direto até a cidade asiática, onde vive há um ano, ou se fizesse escalas para conhecer outros cinco países. A segunda opção lhe pareceu melhor, e essa volta ao mundo "meteórica" será feita em um total de 11 dias, excluído o tempo que a jovem está passando em Xangai, de setembro a dezembro.

Em Minneapolis, durante o verão, Alissa estava fazendo retratos de pessoas e casais de noivos. Após pesquisar bastante e montar uma planilha de voos, ela começou seu trajeto rumo à China no dia 16 de setembro, pegando um avião de Minneapolis até Chicago, de onde foi para Frankfurt, na Alemanha; Istambul, na Turquia; Bancoc, na Tailândia; Hong Kong, território chinês; Incheon e Seul, na Coreia do Sul; e finalmente Xangai.

Na volta, ela pretende voar até Zurique, na Suíça; em seguida ir para Munique, na Alemanha; até aterrissar em Chicago e depois em Minneapolis – onde ficará duas semanas de folga nas festas de fim de ano.
Alissa (Foto: Katherine Hird/Arquivo pessoal de Alissa Haupt)
A fotógrafa Alissa Haupt (Foto: Katherine Hird)

De parada em parada durante a ida, a americana passou apenas algumas horas na maioria dos lugares, com exceção da Coreia do Sul, onde parou por três dias, e de Xangai, seu ponto final.

A jovem comparou na internet os preços normais para uma viagem como essa e diz que poderia ter desembolsado R$ 10,8 mil para voar direto de Minneapolis até Xangai na mesma data, e R$ 41,2 mil para descer nos seis países.

"Eu realmente gosto de voar, ter novas possibilidades, chegar a outros lugares. E viajar na classe executiva é um mundo completamente diferente, muito além do que é oferecido na minha vida normal de fotógrafa e professora", conta Alissa.

Ela enumera as refeições com quatro opções diferentes de pratos, as intermináveis ofertas de champanhe e as camas confortáveis das aeronaves. "Minha única reclamação é que os voos não eram longos o suficiente", diz.

Antes mesmo de voltar aos EUA para o Natal, a americana já pensa em repetir a aventura. Segundo ela, não é difícil reservar uma viagem como essa, desde que a pessoa entenda as complicadas regras das passagens aéreas e suas "lacunas". Alissa revela que pensa nisso como um quebra-cabeça gigante e que a recompensa vale a pena.

"Eu, por exemplo, tenho muito mais tempo livre do que dinheiro para gastar com viagens, por isso acho que é muito melhor pesquisar bem antes de reservar o primeiro voo que encontrar", destaca.

De salsicha alemã a túneis na Coreia
Passeio por túnel na Zona Desmilitarizada da Coreia (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)
Passeio por túnel na Zona Desmilitarizada da Coreia; vista geral do local (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)

Em sua passagem pela Alemanha, Alissa comeu salsicha assada num dia de chuva em Frankfurt e tentou falar apenas alemão durante 24 horas – com relativo sucesso.

Chegada a Xangai (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)
Chegada a Xangai em setembro, após 1 semana
de escalas (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)
 
Em Istambul, dentro de um balão, a fotógrafa disparou uma arma de chumbinho sobre o Mar de Mármara, que separa o Mar Negro do Mar Egeu. Foi a primeira vez que ela usou qualquer tipo de arma, destaca.

Em Bangcoc, a americana festejou a noite toda com os amigos que fez em um hostel, e depois recebeu uma massagem tailandesa para "curar a ressaca".

Chegando a Seul, Alissa experimentou o popular prato Bibimbap, um "mexidão" que leva arroz, carne e vegetais. Também fez um tour por túneis escavados pelos norte-coreanos na Zona Desmilitarizada, faixa de segurança de 240 km que delimita o território dos dois países.

A americana diz, ainda, que está entusiasmada para conhecer a Suíça e ver as lojas com decoração de Natal em Munique, na volta.

"Viajar para mim é ter liberdade, de estar em novos lugares e explorá-los, conhecer pessoas e compartilhar ideias. Me sinto muito sortuda por ter visto os lugares que vi e espero mostrar que viajar não precisa ser tão caro ou inatingível quanto parece", ressalta.

Itinerário da viagem da americana Alissa Haupt (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)
Itinerário da viagem de ida e volta programada pela americana (Foto: Alissa Haupt/Arquivo pessoal)

[Globo]

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