13 de dezembro de 2012

Amazon pode trazer tablet Kindle Fire ao Brasil

Depois de longa expectativa, a Amazon abriu, hoje, sua loja brasileira de livros digitais. Dentro de algumas semanas, a empresa também deve começar a vender seu e-reader Kindle no país. Mas há mais produtos a caminho, incluindo os tablets Kindle Fire, que podem chegar em 2013.
 
EXAME.com perguntou a David Naggar, vice-presidente de conteúdo para o Kindle, se o Kindle Fire seria vendido no Brasil. A resposta foi vaga, mas positiva: “Esperamos trazer todos os dispositivos da linha Kindle para o Brasil”, disse ele. O Fire, um tablet completo com o sistema Android, é vendido nos Estados Unidos por preços que começam em 159 dólares.

Enquanto ele não chega, a Amazon oferece 13 mil livros digitais em português, de 90 editoras, sendo 1,5 mil gratuitos. Considerando também outros idiomas, a loja tem 1,4 milhão de títulos. Com a abertura do site local, os brasileiros não precisam mais usar um cartão de crédito internacional para pagar as compras na Amazon.

O imposto sobre operações financeiras de 6,38%, que incide sobre compras no exterior, deixa de ser cobrado. “E a pessoa sabe quanto vai pagar. O valor final não depende da taxa de câmbio”, diz Alexandre Szapiro, vice-presidente do Kindle da Amazon.com.br. Szapiro, que já liderou as subsidiárias brasileiras da Palm e da Apple, é o principal executivo da Amazon no Brasil.

A empresa também traduziu seus aplicativos para smartphones, tablets e PCs, além de incorporar um dicionário de português ao e-reader Kindle. Inicialmente, só o modelo mais simples desse e-reader será oferecido aos brasileiros, por 299 reais. Ele tem acesso à internet via Wi-Fi, necessário para o download dos livros. É vendido nos Estados Unidos por preços desde 69 dólares.

O preço no Brasil é atraente em comparação com o de concorrentes como o Kobo, oferecido pela Livraria Cultura por 399 reais. “Nosso negócio não é ganhar dinheiro com a venda do dispositivo. Queremos ganhar dinheiro quando as pessoas usam o dispositivo”, diz Naggar. Ele cita um estudo interno da Amazon que aponta que, quando uma pessoa compra um e-reader, ela passa a ler quatro vezes mais do que antes.

De fato, a tela opaca do Kindle é menos cansativa para leitura que as telas brilhantes dos tablets. E o tamanho similar ao de um bloco de notas permite levar o e-reader a muitos lugares. Mas a tela é monocromática, o que a torna inadequada para revistas e livros com fotos coloridas. E, claro, diferentemente dos tablets, o e-reader não serve para outras finalidades.

A Amazon também passa a oferecer, no Brasil, seu serviço Kindle Direct Publishing. Trata-se de uma opção para editoras e autores que querem publicar seus livros primeiro em forma de e-book. O próprio interessado faz o upload dos arquivos para o servidor da Amazon e estabelece o preço de venda. Nessa modalidade de negócio, o autor fica com 35% do valor da venda. A Amazon não revela quanto cobra das editoras no processo normal de comercialização.

A empresa chega ao Brasil num momento em que a concorrência começa a se acirrar no mercado de e-books. O Google também abriu a venda de livros aos brasileiros hoje, em sua loja Google Play. A Apple começou a oferecer livros na loja iTunes brasileira há cerca de dois meses. E o grupo Abril (também dono de EXAME.com), vem investindo continuamente em seu site iba, que vende livros, jornais e revistas. Para os consumidores, essa diversidade de opções é muito bem vinda.

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