11 de setembro de 2012

Como será o cinema do futuro

Editora Globo
Avatar foi um dos pioneiros da técnica motion capture // Crédito: Divulgação
 
A técnica 'motion capture' é apontada como a responsável por uma verdadeira revolução no mundo dos efeitos especiais. Registrando movimentos e expressões faciais de atores, é possível construir personagens com essas informações. Você, com certeza, já viu esta tecnologia 'em ação', em Avatar, de James Cameron e em Os Vingadores, no Hulk, por exemplo. Mas o que vem em seguida? Existe um próximo passo ou chegamos ao topo da montanha do cinema? 

Eric Barba, responsável pelos efeitos especiais de "O Curioso Caso de Benjamin Button", comenta que em vez dos efeitos digitais serem colocados apenas na pós-produção do filme, eles podem ser pensados desde o início. Até porque, a partir de agora, filmes que contam com efeitos especiais serão 80% digitais. O supervisor de efeitos especiais da empresa Weta Digital, Wayne Stables, acrescenta que a tecnologia deve caminhar para que os diretores sejam capazes de capturar cada vez mais informação durante a filmagem - mesmo que seja um efeito digital. 

Como assim? Ele exemplifica: ao filmar uma cena com um raio, o raio pode ser reproduzido no próprio estúdio, com a ajuda de novos equipamentos, e capturado como se realmente existisse naquele momento. Isso ajudaria o diretor a fazer escolhas mais bem informadas, planejar melhor as cenas em função do roteiro, em vez de depender de efeitos especiais puramente virtuais, que podem ter um efeito menos impactante e menos realista.

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O Hulk, de Os Vingadores, também foi construído a partir dos movimentos e expressões do próprio Mark Ruffalo
 
Para os especialistas ainda está faltando uma inovação, no entanto: recriar completamente um corpo humano. Todos, segundo especialistas que já tentaram, ficam com cara de "Aliens". 'Acredito que o próximo passo da tecnologia e do motion capture é enganar completamenteo espectador, reproduzir olhos vivos, reproduzir a vida. Hoje ainda olhamos para os personagens e sabemos que algo não está certo", conta James Hattin, dos Estúdios Zoic. 

[Globo]

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