A Panasonic, em uma exibição de superioridade tecnológica contra suas
rivais sul-coreanas Samsung e LG, revelou na terça-feira o maior
televisor com tela OLED do mundo.
O aparelho com espessura de meia polegada e tela de 56
polegadas é baseado na tecnologia de diodo orgânico emissor de luz
(OLED, na sigla em inglês). Apesar da empresa afirmar que ele é o maior
do mundo com a tecnologia, o modelo é apenas uma polegada maior que
televisores apresentados por Samsung e LG na edição de um ano atrás da
feira Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas.
A tecnologia OLED permite a produção de telas mais finas e que consumem menos energia.
A Sony, que está cooperando com a Panasonic na tecnologia OLED,
revelou na segunda-feira um televisor com tela de 56 polegadas com
tecnologia de ultra-alta definição. A empresa afirmou que vai ampliar
sua linha de LCDs de ultra-alta definição para três neste ano,
reforçando sua aposta em TVs de próxima geração.
A LG, que começou a aceitar encomendas por seus modelos com
tecnologia OLED, planeja vender uma TV com tela de 55 polegadas nos
Estados Unidos a partir de março, por 12 mil dólares, se tornando a
primeira empresa a comercializar a nova tecnologia.
Apesar disso, Kazuhiro Tsuga, presidente da Panasonic, afirmou
a executivos da indústria e a jornalistas durante a CES deste ano que
"muitas pessoas pensam na Panasonic como uma companhia de produção de
televisores. De fato, há quase 100 anos produzimos uma vasta gama de
produtos".
Tsuga afirmou que a Panasonic vai se concentrar em vender
produtos como baterias para carros, sistemas de entretenimento em voo,
células de hidrogênio, painéis solares e iluminação LED para empresas,
enquanto ampliará a unidade de eletrodomésticos reduzindo a exposição do
grupo ao hipercompetitivo mercado de eletrônicos de consumo.
"O futuro da Panasonic está sendo construído muito além de uma única categoria de produto", disse Tsuga.
Panasonic, Sony e Sharp têm sido atingidas por intensa
competição de rivais sul-coreanos no mercado de telas LCD convencionais.
A participação do Japão no mercado mundial de TVs planas este ano
provavelmente se contraiu para 31 por cento ante 41 por cento em 2010,
segundo a Associação das Indústrias de Eletrônicos e Tecnologia da
Informação do Japão.
Tsuga afirmou ainda que vai entregar detalhes de um plano de
recuperação da Panasonic até o final de março. Até agora, ele tem
afirmando que negócios que não apresentem margem de lucro operacional de
5 por cento dentro de dois anos serão fechados ou vendidos. A venda das
unidades mais fracas pode começar no próximo ano fiscal.
A Panasonic estima fechar o ano fiscal que termina em 31 de março com prejuízo líquido de 8,9 bilhões de dólares.
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