Em
evento realizado na semana passada em Los Angeles, executivos dos principais
estúdios de cinema e dos fabricantes de equipamentos concordaram que é preciso
dar maior impulso à tecnologia 4K. Embora a venda de TVs desse tipo esteja
aumentando em todo o mundo, a falta de filmes e vídeos gravados com essa
resolução de imagem é vista com entrave à propagação do padrão 4K (também
chamado Ultra-HD).
“Estou
aqui para anunciar que já iniciamos as conversas”, discursou Mike Dunn,
presidente da Fox, escolhido para representar Hollywood. Segundo ele, a
ideia é lançar em 2015 um player compatível com todos os padrões de vídeo
existentes, inclusive os de arquivos captados pela internet, e já preparado
para reproduzir imagens em UHD.
Numa
proposta inicial, o aparelho seria capaz de tocar discos Blu-ray, DVD e CD e
teria também memória interna de 1 Terabyte para armazenar arquivos digitais
utilizando o padrão de compressão HEVC (High-Efficiency Video Coding), mais
eficiente que o atual MPEG4. Pressionados pelos fabricantes, os estúdios de
Hollywood parecem convencidos de que têm pela frente uma ótima oportunidade de
negócio: enquanto a venda e locação de filmes em mídia física (discos DVD e
Blu-ray) está estagnada, o segmento de streaming e downloads cresce a cada dia.
No
projeto de ampliar o acesso a conteúdos em 4K estão juntas as principais
entidades da indústria eletrônica: SMTPE (Society of Motion Picture and
Television Engineers), órgão regulador internacional das normas para produção
de filmes e vídeos; BDA um (Blu-ray Disc Association), que representa
fabricantes de players e distribuidores de conteúdos nesse formato; CEA
(Consumer Electronics Association), que reúne cerca de 2 mil fabricantes de
equipamentos; NAB (National Broadcasters Association), entidade ligadas às
redes de televisão; MPEG (Moving Pictures Expert Group), que define normas
técnicas para distribuição de filmes; e ITU (International Telecommunications
Union), responsável por homologar todos os padrões de transmissão.
Apesar
do acordo, o evento de Los Angeles ainda revelou muitas divergências entre os
diversos setores envolvidos. Alguns especialistas defendem a padronização
imediata dos conteúdos UHD, para não confundir o consumidor; hoje, os TVs desse
tipo reproduzem qualquer tipo de imagem utilizando o processo
de upconversion, em que até um sinal de baixa resolução é artificialmente
convertido para alta. A imagem resultante é bem inferior ao UHD nativo.
[HT]
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