10 de novembro de 2013

Estúdios planejam impulso aos filmes em 4K



Em evento realizado na semana passada em Los Angeles, executivos dos principais estúdios de cinema e dos fabricantes de equipamentos concordaram que é preciso dar maior impulso à tecnologia 4K. Embora a venda de TVs desse tipo esteja aumentando em todo o mundo, a falta de filmes e vídeos gravados com essa resolução de imagem é vista com entrave à propagação do padrão 4K (também chamado Ultra-HD).

“Estou aqui para anunciar que já iniciamos as conversas”, discursou Mike Dunn, presidente  da Fox, escolhido para representar Hollywood. Segundo ele, a ideia é lançar em 2015 um player compatível com todos os padrões de vídeo existentes, inclusive os de arquivos captados pela internet, e já preparado para reproduzir imagens em UHD.

Numa proposta inicial, o aparelho seria capaz de tocar discos Blu-ray, DVD e CD e teria também memória interna de 1 Terabyte para armazenar arquivos digitais utilizando o padrão de compressão HEVC (High-Efficiency Video Coding), mais eficiente que o atual MPEG4. Pressionados pelos fabricantes, os estúdios de Hollywood parecem convencidos de que têm pela frente uma ótima oportunidade de negócio: enquanto a venda e locação de filmes em mídia física (discos DVD e Blu-ray) está estagnada, o segmento de streaming e downloads cresce a cada dia.

No projeto de ampliar o acesso a conteúdos em 4K estão juntas as principais entidades da indústria eletrônica: SMTPE (Society of Motion Picture and Television Engineers), órgão regulador internacional das normas para produção de filmes e vídeos; BDA um (Blu-ray Disc Association), que representa fabricantes de players e distribuidores de conteúdos nesse formato; CEA (Consumer Electronics Association), que reúne cerca de 2 mil fabricantes de equipamentos; NAB (National Broadcasters Association), entidade ligadas às redes de televisão; MPEG (Moving Pictures Expert Group), que define normas técnicas para distribuição de filmes; e ITU (International Telecommunications Union), responsável por homologar todos os padrões de transmissão.

Apesar do acordo, o evento de Los Angeles ainda revelou muitas divergências entre os diversos setores envolvidos. Alguns especialistas defendem a padronização imediata dos conteúdos UHD, para não confundir o consumidor; hoje, os TVs desse tipo reproduzem qualquer tipo de imagem utilizando o processo de upconversion, em que até um sinal de baixa resolução é artificialmente convertido para alta. A imagem resultante é bem inferior ao UHD nativo.


[HT]

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