Na semana passada, esteve em São Paulo Kevin Reno, diretor para a
América Latina da empresa israelense Valens, fabricante do chip em que se
baseia o padrão de conexões HDBaseT. Veio a convite da
Creator, empresa chinesa que fabrica e distribui acessórios de áudio e vídeo e
está ampliando seus investimentos no país. Reno apresentou a integradores os
benefícios de usar esse padrão como complemento do HDMI.
Entre outras vantagens, anotei estas:
*Possibilidade de extender o sinal de alta definição, via cabo de rede,
até muito mais longe (a especificação é de 100 metros);
*Capacidade de trafegar também sinal elétrico pelo mesmo cabo, sem
interferências;
*Transmissão de sinal Full-HD sem compressão;
*Controle remoto de toda a conexão a partir de um ponto (o sinal a 100m
de distância pode ser comandado na origem);
*Compatibilidade com todos os conectores existentes hoje, com ou sem
fio;
Segundo Reno, o HDBaseT está sendo adotado pela maioria dos integradores
americanos, fenômeno que já tínhamos percebido em sites especializados. A
principal razão é que foi pensado justamente para facilitar a vida do
instalador, reduzindo custos e tempo de obra e (mais importante) preservando a
integridade dos sinais. No Brasil, ainda são poucos os produtos que utilizam
esse conector: alguns adaptadores da Absolute Acoustics e, agora, uma linha de projetores da Epson. Mas, no Exterior, já são
mais de 100 produtos certificados pela HDBaseT Alliance, que reúne 65 empresas.
Também na semana passada, foi anunciada a versão 2.0 do padrão, que
assim como os demais passa por revisões e atualizações periódicas. “Na versão
1.0, tratávamos apenas de conexões físicas e redes de dados”, diz Eyran Lyda,
diretor do comitê técnico da Alliance. “Agora, estamos cobrindo toda a parte de
redes multimídia e multiponto, chaveamento e controle, incluindo a
compatibilidade com conectores USB 2.0.”
Só falta agora vermos os produtos funcionando na prática, e sem os
problemas de compatibilidade que tanto atormentam os usuários de redes HDMI.
[Orlandobarrozo]
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