Chang Kyu Han, presidente da Hyundai do Brasil à época do lançamento do HB20,
nunca conseguiu esconder tudo o que a marca poderia produzir por aqui.
“A capacidade inicial é de 150 mil carros por ano, mas em menos de um
ano poderemos chegar a 200 mil veículos e até passar disso mais adiante,
em 2014”, contou o coreano em setembro de 2012.
Hoje ele nem está mais no País, mas
suas previsões se mantiveram. A fábrica de Piracicaba (SP) tem uma média
bem próxima dos 12.500 carros produzidos mensalmente (150 mil/ano), nas
carrocerias hatch (HB20/HB20X) e sedã (HB20S), e já a partir de
setembro inicia o terceiro turno de produção, o que poderá elevar a
média para mais de 16.500 unidades mensais.
TERCEIRO TURNO EXPLICADO
Essas 4 mil unidades extras saindo
do forno servirão para abastecer os novos concessionários que a marca
pretende abrir até o final do ano e, em especial, garantir o ritmo de
produção plena para mais um modelo. E o que você vê na foto ao lado será
a próxima tacada da Hyundai brasileira. Desenvolvido em conjunto entre a Hyundai
coreana e a indiana, o SUV deve estrear primeiro em terras asiáticas,
como a própria Coreia do Sul, Índia e, em especial, na China.
A segunda parte dos planos é
incorporá-lo ao portfólio brasileiro, com preço na casa dos R$ 55 mil
até os R$ 65 mil a partir do 2º semestre de 2014. A estratégia é para
que ele tenha fôlego de produção para brigar com Ford EcoSport e Renault Duster, que vendem respectivamente 5.500 e 3.200 unidades em média, e o novo Chevrolet Tracker, que desembarca do México em outubro.
TIRANDO A CAMUFLAGEM
A informação coincide com os flagras do SUV, baseado na plataforma do nosso HB20,
durante fase de testes em Seul, na Coreia do Sul. O utilitário, que tem
algo do conceito Kia Provo apresentado durante o último Salão de
Genebra e muito do Hyundai Curb, outro conceito do grupo Hyundai-Kia
apresentado durante o salão de Detroit de 2011. Repare bem como o corte
do teto é reto, quase quadrado, a coluna A é bem fina e o desenho do
capô segue a linha atual de design da marca no Brasil. A altura da
dianteira e o tamanho da grade, com largos frisos cromados, lembram o
novo desenho do Santa Fe, outro inspirado nas linhas do
Hyundai Curb, e que chega ao Brasil neste mês. No carro flagrado em
testes, até as rodas já parecem ser as definitivas, de produção, e estão
com o logotipo do “H” prateado. Os retrovisores são semelhantes ao que
você vê nos HB20 topo de linha.
Tiramos as camuflagens e descobrimos
que os vincos laterais saem da parte de baixo das portas e se unem em
direção às maçanetas. O farol será uma espécie de cópia da peça do
compacto em escala maior, que não avança tanto em direção aos
para-lamas. No para-choque, a entrada de ar é composta por uma grade
trapezoidal, com base para baixo; no hatch ela é para cima. A moldura
dos faróis de neblina também mudará, em vez do formato triangular
habitual, o SUV exibirá um conjunto esticado, com maior sensação de
profundidade.
Na traseira, as lanternas assumirão o mesmo caráter dos desenhos Hyundai,
com as peças mais próximas do início do vidro traseiro e invadindo a
peça horizontalmente. A tampa se estende até o para-choque, mais baixo
como o de um carro, não de um SUV. A impressão de que ela é comprida
demais se esvai com o vinco arredondado bem acima do lugar onde ficará a
placa. Apesar de não ser tão largo, visto de traseira a impressão é de
que ficou mais forte que os outros membros da família.
RAIO X
Seguindo
o conceito do Hyundai Curb e do Kia Provo, assim como a grade tem um
desenho particular, a coluna “A” também é bem mais fina do que você se
acostumou a ver nos Hyundai. Com esse conceito, a aumenta-se a visibilidade do motorista e minimiza-se a impressão agressiva do SUV.
A
tampa traseira é bem comprida e daria a impressão de que o SUV seria
mais estreito do que realmente é, visto de traseira. No entanto, com o
vinco circular que vem do para-lama até a altura do suporte da placa
esse efeito é suavizado. As lanternas mais largas que invadem a tampa do
porta -malas ajudam nessa impressão.
TAMANHO E MOTOR
Ainda especula-se sobre o tamanho do carro, que pelas informações seguirá a tendência do EcoSport e do Tracker, não do Duster.
Seu entre-eixos deve ganhar poucos centímetros com relação aos 2,50 m
da família HB20 com quem dividirá a plataforma e concepção de
construção, mas manterá o aproveitamento racional de espaço interno
visto no modelo nacional. Seu comprimento não passará dos 4,30 m. A
largura também ficará bem próxima do 1,68 m do HB20, afinal, ele não nascerá para ser um carro familiar, e sim para dropar a onda do estilo “aventureiro-chique”.
Na Europa e na Ásia, especula-se que o carro receberá uma nova gama de motores, como o 1.0 tricilíndrico do Hyundai nacional
sobrealimentado com turbo e capaz de gerar 120 cv. Por aqui não espere
por tal novidade, o único motor do SUV deve ser mesmo o 1.6 16V flex, de
130 cv, sem opção de tração 4x4 mas com controle de estabilidade entre
as novidade para a família. Há dúvida quanto ao câmbio. Ele poderá vir
equipado na versão topo de linha com uma transmissão de 6 marchas
automáticas como a do iX35, que será produzido pela Hyundai CAOA este ano, em Anápolis (GO).
O nome? Ninguém se arrisca. A seguir
pela tradição da marca, ele deveria receber o “x” no RG, mas essa
estratégia já foi usada no aventureiro HB20X.
[Caranddriver]
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Digite aqui seu comentário.