Imagine um cupê esportivo duas-portas com estilo retrô. Depois,
desenvolva um SUV compacto sobre ele, mas que mantenha o visual charmoso
e o motor potente. Retire a tração integral, mas mantenha o corpo
bombado e volumoso. Este é o Mini Paceman.
A história é simples: após ser adquirida pela BMW, em 1994, a Mini
voltou com tudo no começo dos anos 2000, quando lançou a segunda geração
de seu principal modelo (que antes se chamava Mini, apenas, e depois
passou a se chamar Cooper). O carrinho foi evoluindo ao longo dos
últimos anos, recebendo reestilizações e novos motores e carrocerias --
conversível, roadster, perua (o Clubman).
Até que, em 2010, surgiu o Countryman. O primeiro SUV da reencarnação
da Mini estreava o sistema de tração integral da marca (chamado de
ALL4), mas mantinha motores e câmbios das versões tradicionais (entre
eles, o 1.6 turbo, feito em parceria com a PSA Peugeot Citroën, chamado
de THP pelo grupo francês e de N18 na nomenclatura da Mini).
Dimensões
4,11 metros de comprimento |
1,78 metro de largura |
1,52 metro de altura |
2,60 metros de entre-eixos |
Foi do Countryman que nasceu o Paceman (no Salão de Paris de 2012), um crossover de tração dianteira, porte de SUV compacto e espaço interno de hatch. O preço dessa "mistureba" é salgado: R$ 139.950. É um dos Mini mais caros oferecido no Brasil.
O carro foi definido pela marca como o primeiro Sport Activity Coupé
(cupê de atividade esportiva, em tradução literal) do mundo. Apesar do
preço bem mais baixo e do tamanho um pouco menor, tais credenciais o
fazem disputar mercado diretamente com o Range Rover Evoque,
até então o único crossover-cupê de duas portas vendido no Brasil. O
caimento de teto e o entre-eixos são semelhantes nos dois carros (2,60
metros no Mini, 2,63 metros no Evoque, que é cerca de 20 cm mais
comprido).
Só que alcançá-lo não será tarefa fácil para o Paceman: enquanto as
vendas totais da Mini (sim, de todos os veículos da gama) em 2013, até
agosto, somam 933 unidades, o modelo da Land Rover já contabiliza,
sozinho, 3.967 carros -- mais que o quádruplo.
ORIGEM
Apesar da origem anglo-alemã, Mini Paceman é produzido em Graz, na Áustria, assim como o Countryman (o restante da gama Mini é fabricado em Oxford, no Reino Unido). Também é o primeiro membro da família a estampar o nome em letras garrafais na tampa do porta-malas.
ORIGEM
Apesar da origem anglo-alemã, Mini Paceman é produzido em Graz, na Áustria, assim como o Countryman (o restante da gama Mini é fabricado em Oxford, no Reino Unido). Também é o primeiro membro da família a estampar o nome em letras garrafais na tampa do porta-malas.
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Porte de SUV compacto, interior de hatch e caimento de teto de cupê: este é o Paceman
VERSÃO ÚNICA
No Brasil, o modelo é vendido em apenas uma configuração, a S, que utiliza o motor 1.6 THP (sigla em inglês para "turbo de alta pressão"), aqui com 184 cavalos e 24,5 kgfm de torque, aliado a uma transmissão automática de seis marchas.
No Brasil, o modelo é vendido em apenas uma configuração, a S, que utiliza o motor 1.6 THP (sigla em inglês para "turbo de alta pressão"), aqui com 184 cavalos e 24,5 kgfm de torque, aliado a uma transmissão automática de seis marchas.
Entre os principais equipamentos de série, o modelo oferece rodas de
liga leve de 18 polegadas (aro 18 opcional), freios com ABS (sistema
antitravamento), seis airbags, controle de tração e estabilidade,
sistema multimídia com Bluetooth e entradas USB e auxiliar e faróis de
xenônio.
Para ver ficha técnica e lista de equipamentos do modelo, clique aqui e aqui.
IMPRESSÕES
Da mesma forma que quase todos os modelos da família Mini, o Paceman é duro e desconfortável, não por culpa dos bancos (que são anatômicos e macios), mas pela suspensão rígida demais, inadequada para pisos irregulares. Na pista, com asfalto liso e sem buracos, a história é outra: o Paceman parece ter sido feito para ela.
Da mesma forma que quase todos os modelos da família Mini, o Paceman é duro e desconfortável, não por culpa dos bancos (que são anatômicos e macios), mas pela suspensão rígida demais, inadequada para pisos irregulares. Na pista, com asfalto liso e sem buracos, a história é outra: o Paceman parece ter sido feito para ela.
O interior do carro é charmoso e mantém o estilo retrô já conhecido dos
outros integrantes da família, com velocímetro central tamanho GG (que
carrega um potente sistema multimídia, com GPS, Bluetooth e CD-Player
representados por uma tela colorida central) e acabamento emborrachado
requintado. A variedade da porta-trecos é grande e há, inclusive, um
interessante porta-óculos sob a alavanca do freio de estacionamento.
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Console tem velocímetro analógico, tela colorida e botões que remetem aos do Mini
A direção elétrica é perfeita, como em quase todo BMW. Os bancos têm
bons apoios laterais, mas o espaço traseiro leva apenas dois ocupantes. O
porta-malas tem capacidade para 330 litros, cerca de 20 menos que o
Countryman -- ou seja, o tamanho de um bagageiro de um hatch médio.
COMO ELE ANDA?
Na prática, o Paceman empolga. Ele chama a atenção nas ruas (por ainda ser considerado novidade) e tem fôlego para deixar muito sedã com pinta de executivo e motor V6 para trás. Segundo dados da fabricante, o crossover é capaz de fazer o 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atingir 212 km/h de velocidade máxima.
COMO ELE ANDA?
Na prática, o Paceman empolga. Ele chama a atenção nas ruas (por ainda ser considerado novidade) e tem fôlego para deixar muito sedã com pinta de executivo e motor V6 para trás. Segundo dados da fabricante, o crossover é capaz de fazer o 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atingir 212 km/h de velocidade máxima.
Apesar do bom desempenho na cidade e na estrada, tanto em aceleração,
quanto em retomadas e em frenagens, o Paceman mostrou um ponto fraco
(inesperado, aliás): o consumo do carro avaliado variou entre 5,3 km/l e 7,2 km/l (com gasolina). O fato curioso é que este mesmo motor foi considerado um dos mais econômicos do país em um BMW Série 1, que usa câmbio de oito marchas, e teve números melhores no Citroën DS5, também dotado de câmbio de seis marchas.
Talvez a sede excessiva do Mini tenha sido apenas um problema da
unidade avaliada, até porque seu peso não é tão alto (1.330 quilos). Mas
que tal equipá-lo com o câmbio de oito marchas, que quase todos os
"primos" da BMW usam?
[Uol]
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