No mesmo dia em que a Sony anunciou que irá reduzir a quantidade de
modelos de TVs lançados nos EUA, para tentar ganhar mais com cada um
deles, sua maior concorrente, a Samsung,
apresentou em Nova York nada menos do que 57 novos TVs. São 16 plasmas e
41 LEDs, todos chegando às lojas dos EUA em março. No final do mês, a
empresa coreana fará um evento semelhante na cidade de Lima (Peru), para
mostrar quais desses modelos chegarão à América do Sul.
A principal novidade é o TV com reconhecimento de voz, gestos e face, que estreou na CES, em janeiro, e já comentamos aqui.
No entanto, mais do que as características físicas dos aparelhos, é
interessante observar a estratégia da Samsung, baseada em suas
conclusões a respeito do novo comportamento dos consumidores. Eric
Anderson, vice-presidente da empresa, disse ao site da revista Wired
que muita coisa está mudando: “Sabemos que é muito difícil conquistar
todos os membros de uma família. Alguns preferem Apple, outros Android…
Por isso, o importante é criarmos produtos que possam se conectar entre
si, independente da plataforma, seja um TV, um tablet, uma câmera ou o
que for”.
A Samsung está chamando seus novos modelos de “Smarter TVs” (TVs “mais inteligentes”), com o argumento de que são capazes de aprender
mais funções a partir da simples atualização do software Smart Hub, que
agora passa a ser universal em seus produtos. Segundo Anderson, a taxa
de ativação subiu nos últimos três meses de 55% para 63% – esse é o nome
que a empresa dá ao processo de entrada do consumidor na web através do
TV. “Temos o controle de tudo, desde o momento em que a pessoa liga o
TV a sua rede, registra seu nome e começa a acessar os conteúdos que
oferecemos”.
Desde 2010, quando lançou os primeiros TVs conectados, a Samsung diz
que vem analisando o comportamento dos usuários, inicialmente chamados early adopters,
que é como a indústria em geral identifica aqueles que gostam de ser os
primeiros a comprar produtos novos. Agora, chegou a hora de conquistar o
que Anderson chama de early majority, ou seja, a maioria dos
que se ligam em tecnologia. “Eles estão nos dizendo o que fazer. E já
ficou claro que não querem apenas se conectar à internet, mas conectar o
máximo possível de aparelhos entre si”.
[Orlandobarrozo]
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