Quanto fiz a pesquisa para o livro “Os Visionários“,
lembro de ter descoberto uma série de dados interessantes sobre o
engenheiro holandês Vic Hayes, considerado o “pai do Wi-Fi”. Foi ele
quem imaginou, ainda no final dos anos 1980, como funcionaria uma rede
sem fio, utilizando faixa de frequências limitada (entre 2 e 5 GHz) e
com dispositivos de segurança mais confiáveis do que as redes
telefônicas tradicionais. Pois bem, o que Hayes imaginava vai se
consumando: conexões cada vez mais potentes, no ritmo das necessidades
que se avolumam com a transmissão de vídeos em resolução mais alta,
agora inclusive em 3D.
O padrão 5G irá superar a barreira dos gigabits nas transmissões sem
fio. Se até 2006 conseguíamos enviar uma mensagem à velocidade de 54
Megabits por segundo, e hoje é comum atingir a faixa de 500Mbps, com a
nova modalidade poderemos dobrar essa taxa, passando de 1 Gigabit por
segundo (Gbps). Em fevereiro, técnicos da empresa americana Buffalo e do
IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) conseguiram
fazer transmissões de 800Mbps, com picos de 1.3Gbps!!! (vejam aqui o vídeo).
Segundo o fabricante, que promete lançar seu primeiro roteador 5G até
o Natal, o sinal Wi-Fi/ac é muito mais robusto que o atual Wi-Fi/n,
pode atravessar paredes mais espessas e cobrir distâncias três vezes
maiores. Como trafega em velocidade mais alta, estima-se também que os
aparelhos dotados dessa tecnologia irão consumir menos carga de bateria.
Mas, para mim, isso é uma doce ilusão: quanto mais aumenta a capacidade
das redes, mais os usuários encontram meios de consumi-las. É
inevitável. Logo teremos 6G, 7G e por aí vai. Nesse ponto, o homem é
insaciável.
Para quem quiser saber mais, informo que o IEEE agora tem um site brasileiro.
[Orlandobarrozo]
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