Os produtos diet são aqueles especialmente formulados e que sofreram
modificação no conteúdo de nutrientes (carboidratos, gorduras,
proteínas, sódio) e açúcares adequando-os à utilização a que se destina
e, ao mesmo tempo, atendendo às necessidades das pessoas que apresentam
alguma necessidade específica.
O conteúdo desses nutrientes deve ser de:
- Alimentos para dietas com restrição de carboidratos: no máximo, 0,5 g do carboidrato por 100 g ou 100 mL.
- Alimentos para dietas com restrição de gorduras: no máximo, 0,5 g de gordura total por 100 g ou 100 mL.
- Alimentos para dietas com restrição de proteínas: deve ser isento
de proteína relacionada ao distúrbio. Por exemplo, pessoas portadoras de
fenilcetonúria devem consumir alimentos isentos de fenilalanina.
Pessoas portadoras de doença celíaca devem utilizar alimentos isentos de
glúten.
- Alimentos com restrição de açúcar: não devem ser adicionados
açúcares no produto, mas pode conter o açúcar naturalmente presente nos
ingredientes do produto. Por exemplo, uma geléia de frutas apresentará,
naturalmente, a frutose (açúcar da fruta), mas para ser classificada
como diet, ela não poderá acrescentar açúcares (por exemplo, sacarose).
Além desses alimentos, os que são formulados para o controle de peso
como, por exemplo, shakes, também podem receber a designação de diet se
atenderem as recomendações feitas pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA).
2. O que é um produto light?
Para a classificação do alimento light é necessário um alimento de
comparação. O alimento será definido como light quando apresentar uma
diferença mínima, para menos, de 25% no valor energético ou de
nutrientes em relação ao alimento comparado.
Além do método comparativo, é possível classificar o alimento como light de acordo com os valores absolutos. Por exemplo:
Para a quantidade de calorias:
Alimento sólido: no máximo, 40 calorias por 100 g do alimento.
Alimento líquido: no máximo, 20 calorias por 100 mL do alimento.
Alimento sólido: no máximo, 40 calorias por 100 g do alimento.
Alimento líquido: no máximo, 20 calorias por 100 mL do alimento.
Para a quantidade de gorduras totais:
Alimento sólido: máximo de 3 g de gorduras por 100 g do alimento.
Alimento líquido: máximo de 1,5 g de gorduras por 100 mL do alimento.
Alimento sólido: máximo de 3 g de gorduras por 100 g do alimento.
Alimento líquido: máximo de 1,5 g de gorduras por 100 mL do alimento.
Para cada nutriente há os valores limites de classificação. Os dois
valores acima são exemplos. Não é necessário que todos os nutrientes ou
valor calórico sejam atingidos ao mesmo tempo. Se um for atingido, o
alimento já pode ser classificado como light.
3. Quem deve consumir produtos diet e quem deve consumir produtos light?
Tanto o alimento light quanto o alimento diet devem ser consumidos de
acordo com a necessidade individual. O alimento diet é desenvolvido
para atender pessoas com alguma necessidade metabólica (diabéticos,
fenilcetonúricos, celíacos). Por outro lado, o alimento light pode ser
utilizado por essas pessoas também. Por exemplo, um pão light que não
tem adição de açúcar pode ser utilizado pelos diabéticos.
Como vimos, uma alimento light ou diet não significa,
necessariamente, que ele seja reduzido em calorias. A designação light
ou diet pode ser em decorrência a restrição de algum nutriente e não da
quantidade de calorias. Por isso, é importante ler o rótulo e verificar
se o alimento irá atender as necessidades.
4. Há alguma situação em que é arriscado consumir diet ou light (infância, gravidez)? Em qual (quais) e por quê?
Não existe nenhuma proibição em relação aos alimentos diet e light,
até mesmo em relação à utilização de adoçantes. Entretanto, como é
possível ter uma alimentação equilibrada sem a utilização de adoçantes, o
recomendado é para que as gestantes e as crianças os consumam em
pequenas quantidades, evitando fazer o uso diário e em grande quantidade
deles.
5. Há quem simplesmente limita a dieta a alimentos de baixa caloria como forma de perder peso. Isso é recomendável?
A restrição de calorias é o princípio básico de quem deseja
emagrecer. A restrição calórica é necessária para que haja o
emagrecimento. Entretanto, é importante conciliar uma alimentação com
baixas calorias com uma elevada qualidade nutricional dos alimentos. Não
é correto, por exemplo, ingerir doces, bolos, tortas diariamente, mesmo
estando dentro da quantidade calórica necessária para a eliminação de
peso.
6. O que são alimentos funcionais?
Os alimentos funcionais são aqueles que, além de produzir as funções
básicas, apresentam um nutriente ou substância que tem papel metabólico
ou fisiológico no crescimento, desenvolvimento, manutenção ou outros
efeitos benéficos para o organismo.
Abaixo estão descritos alguns nutrientes ou substância com propriedades funcionais.
* Betacaroteno
Ação no organismo: Antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
Ação no organismo: Antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
* Licopeno
Ação no organismo: Antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Fonte alimentar: Tomate.
Ação no organismo: Antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata.
Fonte alimentar: Tomate.
* Fibras
Ação no organismo: Redução do risco ao câncer de intestino e dos níveis de colesterol sangüíneo.
Fontes alimentares: Frutas, legumes e verduras em geral e cereais integrais.
Ação no organismo: Redução do risco ao câncer de intestino e dos níveis de colesterol sangüíneo.
Fontes alimentares: Frutas, legumes e verduras em geral e cereais integrais.
* Flavonóides
Ação no organismo: Antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Suco natural de uva, vinho tinto.
Ação no organismo: Antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Suco natural de uva, vinho tinto.
* Isoflavonas
Ação no organismo: Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
Fonte alimentar: Soja.
Ação no organismo: Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
Fonte alimentar: Soja.
* Ácido graxo ômega-3
Ação no organismo: Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Peixes, óleo de peixes.
Ação no organismo: Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares.
Fontes alimentares: Peixes, óleo de peixes.
* Probióticos
Ação no organismo: Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos.
Fontes Alimentares: Iogurtes, leite fermentado.
Ação no organismo: Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos.
Fontes Alimentares: Iogurtes, leite fermentado.
7. O que devemos fazer para obter os benefícios dos alimentos funcionais? É preciso comê-los como se fossem "remédios"?
Os alimentos funcionais não devem ser confundidos com "remédios". Os
funcionais têm como função a prevenção de doença e, por isso, é
incorreto a comparação de que eles atuam como "remédios". Os
medicamentos servem para tratar doenças já estabelecidas e, por outro
lado, os alimentos funcionais atuam na prevenção para o desenvolvimento
de patologias.
Os alimentos funcionais são os encontrados no dia a dia. Por isso, é
importante o estímulo diário para seguir uma alimentação saudável e
variada, incluindo frutas, legumes, verduras, peixes, carnes magras,
leites e derivados.
8. O que são suplementos alimentares?
Os suplementos ou complementos alimentares são produtos indicados
para, como o nome diz, complementar a dieta de pessoas que não
apresentam nenhuma doença ou deficiência alimentar, ou seja, eles
complementam a dieta de uma pessoa saudável, visando atingir o valor
diário recomendado dos nutrientes.
9. É seguro consumir suplementos alimentares sem orientação médica?
Os complementos não são utilizados para tratar deficiências
nutricionais e não possuem, portanto, indicação medicamentosa. Assim,
eles não precisam ser utilizados sob orientação de um profissional,
apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exigir a
seguinte informação no rótulo do alimento "Consumir preferencialmente
sob orientação profissional". O ideal é que o indivíduo procure a
orientação de um nutricionista para que possa ter esclarecimentos sobre
possíveis efeitos de uma superdosagem ou, ainda, se o produto é adequado
para o perfil do paciente.
Roberta Stella
Nutricionista responsável
CRN3 9788
Nutricionista responsável
CRN3 9788
[Minhavida]
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