20 de março de 2010

Tecnologia Paraense Permite Fazer Cerveja Em Casa Até Com Frutas


Universidade garante que é possível fazer cerveja até com frutas regionais


Aquele verão quente e você resolve tomar uma cervejinha bem gelada. Que tal fazer a sua própria cerveja, do jeito que você sempre quis? Pois é isso que pesquisadores do curso de Tecnologia Agroindustrial, da Universidade do Estado do Pará (Uepa), estão prometendo. Eles desenvolveram um curso de extensão que ensina a arte de produzir cerveja em casa, com baixo custo e fácil produção. Tudo com uma diferença: ela pode ter o sabor de frutas regionais, como cupuaçu, bacuri, acerola e manga.

"Para se ter uma boa cerveja basta cevada, lúpulo, levedura e uma boa água. A fabricação é muito simples; já realizamos com sucesso a produção de cervejas de frutos da região, e também de maçã, morango e abacaxi. Em princípio, pode ser feito cerveja de qualquer fruta", diz Marcos Eger, pesquisador responsável pelos cursos.

As cervejas produzidas possuem um teor alcoólico de 1,3 a 5%. Até agora, a produção realizada nos laboratórios de tecnologia se limita a 20 litros, ou seja, 33 garrafas de 600 ml.

Para Eger, a fabricação caseira pode ser uma alternativa de renda para pequenos produtores do Estado com a criação de microcervejarias de frutas regionais. "Na Alemanha, por exemplo, não existem grandes cervejarias, o que existe são pequenas unidades que atendem pequenas regiões. Se fabricada no interior do Estado, por exemplo, teríamos um produto próprio, de baixo teor alcoólico, rico em proteínas e que pode gerar um bom lucro, já que o custo é pequeno e pode ser vendido por um valor mais baixo do que o cobrado por outras cervejas", diz o pesquisador.

A próxima ação é aproximar as comunidades do interior junto aos núcleos da Uepa neste projeto. Já foram realizados cursos em Belém, Paragominas, Marabá e recentemente em Cametá, onde os pesquisadores convidaram os empresários locais para experimentar a cerveja de acerola.

A princípio, os cursos de cervejaria são para os alunos de tecnologia agroindustrial, mas podem ser solicitados por outras instituições na coordenação do projeto, que fica no Centro de Ciências Naturais (CCNT/Uepa).

[MSN]

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