Como escolher seu Blu-ray

O formato Blu-ray, que ganhou a disputa para ser o “sucessor” do DVD, amplia seu espaço no mundo inteiro.

A razão é simples: basta entrar numa loja e comparar, lado a lado, o mesmo filme em dois TVs diferentes – um ligado a um DVD player comum e outro ligado a um player Blu-ray. A diferença de imagem é daquelas que ninguém mais esquece.

E não só a imagem. O som de um filme gravado em Blu-ray é muito mais rico em detalhes e efeitos. Os processamentos de áudio de alta resolução, criados especialmente para o Blu-ray, aumentam incrivelmente a sensação de envolvimento.

As vantagens do Blu-ray vão ainda mais longe. A capacidade de memória do disco equivale a cinco vezes a de um DVD, ou seja, é possível armazenar ali muito mais informações de áudio e vídeo, além de menus interativos e uma quantidade maior de extras.

Nos players mais recentes, pode-se ainda acessar a internet a partir do disco, para ver conteúdos complementares ao filme. Além de conectar o player a uma rede doméstica (com ou sem fio), e reproduzir conteúdos armazenados num cartão de memória.

Mas, se o Blu-ray é tão bom assim, por que ainda continua sendo um mercado de nicho, restrito a poucas pessoas? Existem diversas explicações, a começar do preço. Como toda tecnologia nova, o Blu-ray (tanto os players quanto os discos) é caro para a maioria da população; aconteceu também com o DVD no início.

Mas a queda vem sendo vertiginosa: em 2007, quando os primeiros players Blu-ray chegaram ao Brasil, seu preço oscilava na faixa dos R$ 5 mil. Hoje, já existem modelos vendidos por R$ 500. Em três anos, portanto, uma redução de 1.000%!

Outro fator que tem impedido a maior propagação do Blu-ray no Brasil é o custo dos discos. Os filmes mais baratos são vendidos a partir de R$ 50, mais que o dobro de um DVD equivalente. A pergunta que a maior parte dos consumidores se faz então é: será que vale a pena?

Depois de todo o investimento feito numa coleção de DVDs, compensa trocá-los por suas respectivas versões em Blu-ray?

Evidentemente, a questão não é tão simples assim. A quantidade de títulos lançados em DVD ainda é infinitamente maior que a de Blu-ray – existem no mercado brasileiro cerca de 400 filmes e shows nesse formato, contra mais de 5 mil em DVD.

E com certeza vai demorar alguns anos até que todos estes saiam também em Blu-ray, mesmo porque o custo de produção e duplicação de um disco de alta definição é muito mais alto.

Outra pergunta que se faz com freqüência é: por que pagar tão caro por um filme em Blu-ray se já é possível fazer o download da internet? Sim, já existem vários serviços desse tipo, com uma oferta até que razoável de filmes, e essa certamente é outra razão para o Blu-ray ainda não ter emplacado totalmente (o mesmo fenômeno acontece na maioria dos países).

Mas trata-se aqui de duas coisas diferentes: comprar ou alugar um filme em disco; e baixá-lo da internet, quase sempre com qualidade inferior (além do que, os procedimentos para download são complicados para quem é leigo em informática).

O fato é que o Blu-ray, simultaneamente com a TV Digital, estabelece um novo padrão de qualidade para o usuário. A maioria, depois de começar a ver filmes e outros programas em alta definição e com áudio surround de alta resolução, deixa de lado o DVD e a televisão analógica. É nisso que aposta a indústria.

AS VANTAGENS DO BLU-RAY

Imagem de alta definição – Todos os discos Blu-ray são gravados em resolução Full-HD: 1920x1080 pixels, sendo a maioria em processamento progressivo (popularmente conhecida como “1080p”).

Os DVDs atingem, no máximo, a resolução de 720x480 pixels, ou seja, quase dez vezes menos. Isso se traduz na tela em cores mais vivas, maior detalhamento, taxa de contraste mais alta (com mais realismo nas cenas escuras) e melhor reprodução das seqüências em movimento.

Áudio surround 7.1 canais – Com sua alta capacidade de memória, os discos Blu-ray podem armazenar maior quantidade de dados de áudio. Além de diálogos mais nítidos e trilha musical mais clara, os efeitos sonoros e a ambientação são mais ricos e envolventes. Isso é mais fácil de perceber nos filmes de ação, ou naqueles onde a música desempenha papel importante.

Maior quantidade de extras – Com mais memória, os produtores conseguem acomodar num disco Blu-ray muito mais informações do que num DVD. Os chamados bônus – bastidores da produção, entrevistas, making-of, jogos interativos, cenas cortadas – são mais variados, criando um novo atrativo para quem gosta de cinema (infelizmente, no Brasil algumas distribuidoras ainda não perceberam o potencial desse recurso e têm lançado filmes sem nenhum extra).

Upconversion – Todos os players Blu-ray fazem essa adaptação, que permite melhorar a qualidade até mesmo dos DVDs comuns. Se a resolução original do disco é de 480p, por exemplo, o aparelho pode aumentá-la artificialmente, de modo que na tela se veja uma imagem muito parecida com a de um Blu-ray. Esse recurso foi criado para que as pessoas não precisem se desfazer de suas coleções de discos ao trocarem seu velho DVD player por um Blu-ray.

Acesso à internet – A maioria dos players Blu-ray trazem ainda o recurso BD-Live, que permite entrar na internet através do próprio player, sem ter que ligá-lo a um computador. Basta conectar o player ao modem de banda larga para acessar o site do filme e ver conteúdos complementares, como biografia dos atores, documentários sobre a produção etc.

Alguns fabricantes vêm fazendo também parcerias com sites como YouTube, Picasa, Terra e outros, justamente para ampliar as possibilidades de acesso à web. A tendência é que, com o tempo, todos os players incorporem o software DivX HD, que facilita a reprodução de conteúdos da web. Segundo a maior parte dos especialistas, o acesso à internet será cada vez mais um fator decisivo na escolha do player.

Conexão HDMI – Além de todas essas qualidades, o Blu-ray ainda simplifica a instalação utilizando um único cabo para trafegar sinais de áudio e vídeo. A conexão HDMI, hoje disponível na maioria dos TVs e receivers, é obrigatória nos players Blu-ray. Com ela, o sinal circula com maior segurança, sofre menos interferências e é preservado em todo o seu trajeto, sem perdas. Existem atualmente três versões de HDMI em uso: 1.1, 1.2 e 1.3, sendo esta última a mais avançada (acaba de ser especificada a versão 1.4). Infelizmente, nem todos os fabricantes divulgam essa especificação, que só é encontrada no manual de instruções do player.

Entradas adicionais – Também vem sendo incorporada aos players Blu-ray uma variedade maior de conectores. Os principais exemplos são as entradas USB (que permite ligar câmeras digitais e pen-drives) e SD (para cartão de memória). Assim, você pode reproduzir pelo player conteúdos extraídos de outros aparelhos.
Leia mais detalhes sobre o assunto no hot site Guia do Blu-ray.

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