A sempre bem informada colunista Keila Jimenez,
da Folha de São Paulo, publicou nesta sexta-feira que a TV Globo
acertou parceria com a japonesa NHK para fazer testes com equipamentos
de resolução 8K durante os desfiles de Carnaval no Rio. Uma equipe virá
do Japão para trabalhar em conjunto com os técnicos da Globo. Como o
desfile exibe sempre muitas cores e movimentos, foi considerado ideal
para esse tipo de teste; aliás, não é a primeira vez: a Globo já usou o
Carnaval para testar equipamentos Full-HD, em 2006, e 3D, no ano
passado.
Prestem atenção, não estamos falando de 4K, mas de 8K! A diferença é de vários milhões de pixels. Vejam o quadro comparativo:
RESOLUÇÃO | PIXELS HORIZ x VERT | QUANTIDADE DE PIXELS |
HD |
1.280 x 720
|
921.600
|
FULL-HD (2K) |
1.920 x 1.080
|
2.073.600
|
4K |
3.840 x 2.160
|
8.294.400
|
8K |
7.680 x 4.320
|
33.177.600
|
Ou seja, uma imagem 8K possui um quantidade de pixels equivalente a
16 vezes à do Full-HD a que estamos acostumados. Como se sabe,
a Globo vem fazendo testes com equipamentos 4K desde o ano passado. Não
há ainda previsão para levar ao ar esse tipo de imagem, devido a
problemas semelhantes aos que impedem a exibição de conteúdos 3D: a
largura de banda necessária é mais que o dobro da disponível atualmente,
e os softwares de compressão ainda não são capazes de reduzir o tamanho
dos arquivos (as previsões mais otimistas são de que lá por 2017 isso
seja possível).
Quanto ao 8K, que seria o passo seguinte da tecnologia de vídeo, os
japoneses estimam que por volta de 2022 poderemos ter transmissões em TV
aberta com essa qualidade. Emissoras, operadoras e produtores de
conteúdo fazem bem em avançar nas pesquisas para melhorar a qualidade de
seus sinais. Mas o consumidor precisa enxergar essas inovações com
outros olhos. Hoje mesmo, li um artigo no site americano ZD Net, que questiona: “O consumidor médio, hoje, nem sabe fazer uso de todo o potencial do Full-HD”.
[Orlandobarrozo]
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