12 de fevereiro de 2013

2K, 4K, 8K, KKK…

A sempre bem informada colunista Keila Jimenez, da Folha de São Paulo, publicou nesta sexta-feira que a TV Globo acertou parceria com a japonesa NHK para fazer testes com equipamentos de resolução 8K durante os desfiles de Carnaval no Rio. Uma equipe virá do Japão para trabalhar em conjunto com os técnicos da Globo. Como o desfile exibe sempre muitas cores e movimentos, foi considerado ideal para esse tipo de teste; aliás, não é a primeira vez: a Globo já usou o Carnaval para testar equipamentos Full-HD, em 2006, e 3D, no ano passado.
 
Prestem atenção, não estamos falando de 4K, mas de 8K! A diferença é de vários milhões de pixels. Vejam o quadro comparativo:
RESOLUÇÃO PIXELS HORIZ x VERT QUANTIDADE DE PIXELS
HD
1.280 x 720
921.600
FULL-HD (2K)
1.920 x 1.080
2.073.600
4K
3.840 x 2.160
8.294.400
8K
7.680 x 4.320
33.177.600

Ou seja, uma imagem 8K possui um quantidade de pixels equivalente a 16 vezes à do Full-HD a que estamos acostumados. Como se sabe, a Globo vem fazendo testes com equipamentos 4K desde o ano passado. Não há ainda previsão para levar ao ar esse tipo de imagem, devido a problemas semelhantes aos que impedem a exibição de conteúdos 3D: a largura de banda necessária é mais que o dobro da disponível atualmente, e os softwares de compressão ainda não são capazes de reduzir o tamanho dos arquivos (as previsões mais otimistas são de que lá por 2017 isso seja possível).

Quanto ao 8K, que seria o passo seguinte da tecnologia de vídeo, os japoneses estimam que por volta de 2022 poderemos ter transmissões em TV aberta com essa qualidade. Emissoras, operadoras e produtores de conteúdo fazem bem em avançar nas pesquisas para melhorar a qualidade de seus sinais. Mas o consumidor precisa enxergar essas inovações com outros olhos. Hoje mesmo, li um artigo no site americano ZD Net, que questiona: “O consumidor médio, hoje, nem sabe fazer uso de todo o potencial do Full-HD”.

[Orlandobarrozo]

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