A edição de junho da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL, que já
circula nas bancas, livrarias e também via tablet, traz o primeiro teste
feito no Brasil com o TV Samsung que reconhece voz e gestos. O modelo
testado é um 46″ da série ES8000, top de linha da empresa, e além de ser
comandado a partir da fala e de movimentos das mãos vem acompanhado de
um acessório (I.R. Blaster) que permite acionar dessa maneira também
outros aparelhos que utilizem comunicação por infravermelho.
Não sabemos se essa será uma tendência (acabamos de receber para
teste também o modelo da LG, com basicamente os mesmos recursos, do qual
já falamos aqui).
Difícil saber até que ponto os usuários se sentirão confortáveis em
passar suas ordens ao TV falando ou gesticulando, em vez de simplesmente
usar o controle remoto, como sempre se fez (vejam este vídeo).
Teremos que aguardar a reação do público. Mas é fato que esse tipo de
novidade atrai uma boa parte dos consumidores. E, lembrando a polêmica
da semana passada sobre Smart TVs,
é importante afirmar que quanto mais recursos interativos possui um TV
(na verdade, qualquer aparelho) mais refinados precisam ser seus
processadores internos. O que, invariavelmente, leva a melhor qualidade
de som e imagem.
O mesmo vale no caso dos TVs 3D: para reproduzirem imagens
convincentes, precisam ser equipados com sensores e circuitos de última
geração. Quem puder pagar por essas inovações estará fazendo um bom
negócio.
Só para confirmar esse raciocínio, cito aqui uma reportagem da agência Reuters,
publicada na semana passada, sobre um novo projeto da Intel, maior
fabricante de chips do mundo. A empresa americana desenvolveu um
conversor (set-top box) com reconhecimento facial, ou seja, capaz de
identificar as pessoas numa sala. Usando um tipo mais avançado de
processador, o aparelho poderia ser a base de um novo serviço do tipo
OTT (over-the-top), nome genérico das plataformas que oferecem conteúdos
de vídeo fora das emissoras convencionais (abertas e fechadas).
Segundo o texto, a Intel estaria negociando com provedores e
operadoras dos EUA para entrar nesse concorrido mercado – onde, por
sinal, também tentam entrar gigantes como Apple, Google e Microsoft. Se o
equipamento puder identificar quem está assistindo, os anunciantes irão
agradecer muito: é cada vez maior a convicção de que os atuais métodos
de medição de audiência estão obsoletos.
[Orlandobarrozo]
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