O projeto do navio futurista SeaOrbiter
conseguiu o financiamento necessário para tornar-se realidade e
começará a ser construído ainda este ano. O francês arquiteto marinho
Jacques Rougerie é o responsável pela criação do laboratório de pesquisa
flutuante. Sua inspiração vem de exploradores do oceano, como Jacques
Cousteau e do Tektite, laboratório experimental de cápsula subaquática.
Segundo Rougerie, o SeaOrbiter, cuja função é observar a vida marinha e a
interação entre o oceano e a atmosfera, foi projetado para ser levado
pelas correntes e ter uma vida útil de 15 anos.
SeaOrbiter (Foto: Divulgação)
O financiamento obtido para a construção do navio foi de US$ 52,7
milhões. O valor permitirá ao projeto produzir uma quantidade gigantesca
de dados sobre o aquecimento global e biologia marinha ao redor do
planeta. “Todas as questões técnicas estão resolvidas, toda a modelagem
foi realizada”, conta o diretor de mídia e educação do projeto
SeaOrbiter, Ariel Fuchs. “Nós reunimos apoio institucional e industrial
há cinco ou seis anos, e tem sido um verdadeiro projeto institucional e
financeiro nos últimos dois anos.”
A construção do navio deverá custar em torno de US$ 43 milhões. O
SeaOrbiter foi projetado para medir cerca de 50 m de altura. Para
estabilizar o navio, no entanto, mais da metade do veículo ficará abaixo
da superfície (como um submarino), fornecendo todos os tipos de
sistemas de coleta e ferramentas úteis. Deste modo, será possível um
estudo atmosférico e subaquático constante.
A embarcação, além de parecer com um equipamento de ficção científica, é
100% sustentável. A força motriz do navio foi planejada para considerar
energias eólica, solar e ondas combinadas com biocombustível, no caso
da natureza não cooperar – quando o navio não está à deriva por meio de
correntes oceânicas, por exemplo. “Ele cumpre as exigências da filosofia
atual de sustentabilidade”, disse Fuchs.
Dentre os muitos patrocinadores do SeaOrbiter, estão a oceanógrafa
Sylvia Earle, o ex-administrador da Nasa Dan Goldin e o astronauta
Jean-Loup Chrétien. O projeto também conta com o apoio institucional da
Agência Espacial Europeia, bem como de outras organizações industriais.
O projeto, que ficou 12 anos como conceito, já concluiu a fase de
design industrial e o início da sua construção está previsto para
outubro deste ano. Depois de pronto, o navio deve sair de Mônaco – o
mesmo lugar onde Jacques Cousteau começou suas missões. “Ele foi
projetado para explorar o oceano em um novo caminho, principalmente
passar tempo no fundo do mar”, completou Ariel Fuchs.
[Techtudo]
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