Em encontro anual com acionistas, o CEO da General Motors, Dan Akerson,
citou nesta terça-feira (12), em Detroit, o próximo lançamento da
Chevrolet para o mercado brasileiro, a Spin, minivan que substituirá a Meriva e a Zafira e tem sido frequentemente flagrada em testes
pelo país. O executivo confirmou que o carro será apresentado dentro de
duas semanas e disse que ele é "uma opção bonita e acessível para
famílias", além de descrevê-lo como "único na categoria com [opção de]
transmissão automática de seis velocidades". A GM do Brasil ainda não
revelou o preço e as versões do carro que serão ofertadas. O câmbio
automático deverá ser o mesmo que equipa o sedã Cruze.
Teaser da Spin divulgado no site da GM Tailândia (Foto: Divulgação/GM)
Minivan tem sido vista constantemente em testes (Foto: Rodrigo Mora/G1)
Teaser da Spin divulgado no site da GM Tailândia (Foto: Divulgação/GM)
Ainda nesta terça, a GM Tailândia divulgou o que seria a primeira foto
oficial do modelo, em um comunicado em que afirma que a Spin também será
produzida na Indonésia. No texto, a montadora cita que a Spin será
oferecida com capacidade para 5 ou 7 lugares.
Minivan tem sido vista constantemente em testes (Foto: Rodrigo Mora/G1)
Menos plataformas
No encontro com acionistas, Akerson citou ainda investimentos na China, o maior mercado atualmente para a empresa, e na Rússia, e afirmou que o foco da GM para os próximos 12 meses está em aumentar o valor das ações e otimizar as operações na Europa, em plena crise.
No encontro com acionistas, Akerson citou ainda investimentos na China, o maior mercado atualmente para a empresa, e na Rússia, e afirmou que o foco da GM para os próximos 12 meses está em aumentar o valor das ações e otimizar as operações na Europa, em plena crise.
Para diminuir custos, o CEO diz que a montadora planeja reduzir o
número de diferentes plataformas de carros à metade até 2018. Akerson
afirmou que a GM percebeu que pode satisfazer mais clientes com menos
plataformas, criando variações dentro de uma mesma "família", o que ela e
outras montadoras têm adotado nos últimos anos.
Dan Akerson em encontro com acionistas da GM em Detroit (Foto: Rebecca Cook/Reuters) |
"Não posso dizer o quanto vamos economizar com isso, mas será muito",
explicou o chefão da montadora. "Como cliente, você verá o benefício em
carros e picapes melhores, com mais opções de escolha. Como acionista,
você verá o benefício por meio de margens maiores de lucro e maior fluxo
de caixa".
O executivo declarou que a GM ainda está "no meio de ser renascimento".
Segundo ele, em 2011 a montadora conseguiu aumentar vendas, ampliar sua
fatia no mercado global e fortalecer sua diretoria. "2011 foi um bom
ano, mas não foi excelente", concluiu. "Temos muito mais trabalho a
fazer porque nosso objetivo é fazer a GM grande de novo."
No ano passado, a fabricante divulgou um lucro recorde de US$ 7,6
bilhões, apesar do prejuízo de US$ 747 milhões no mercado europeu. No
primeiro trimestre de 2012, os ganhos mundiais foram de US$ 1 bilhão e a
perda na Europa, de US$ 256 milhões, sem contar impostos e taxas.
Baixa no preço das açõesApós se reerguer da crise que levou a empresa a entregar 61% de suas ações nas mãos do governo americano, a GM voltou à bolsa de Nova York em novembro de 2010. Akerson assumiu o comando da empresa pouco antes disso.
No encontro desta terça, o executivo foi questionado sobre o preço das
ações, que caiu após a oferta pública (IPO). "Lamento que as ações não
tenham ido tão bem após o IPO e garanto que vamos nos dedicar a melhorar
isso", disse Akerson aos cerca de 50 acionistas presentes.
Segundo o "Detroit News'", um acionista perguntou sobre a possibilidade
de o republicano Miltt Romney derrotar Barack Obama nas eleições
presidencais deste ano e decidir vender os 32% de ações da GM que ainda
pertencem ao governo, ocasionando eventual nova baixa nos papeis da
montadora. O CEO respomdeu que o governo não é obrigado a avisar quando
venderá aquelas ações, mas espera que, "no momento certo eles nos
informem dessa intenção e avaliem as várias opções que possam ou não
possam ser sustentadas pela empresa".
Na última segunda (11), as ações da GM fecharam em US$ 21,92 - o preço
inicial dos papeis, em 2010, foi de US$ 33. Analistas do mercado
financeiro acreditam que o governo americano não irá se desfazer de sua
parte na GM antes da eleição, em novembro. Se a venda fosse feita agora,
ele ainda teria prejuízo de US$ 49,5 milhões, que fazem parte do "bolo"
usado no socorro à companhia na crise de 2009.
Preocupação com a EuropaAkerson citou a mudança de
cultura na montadora e os esforços que têm sido feitos para mudar a
estrutura de gerência e cortar custos, entre eles a redução do número de
agências de publicidades com as quais a GM trabalha, o que ocasionará
uma economia de US$ 200 milhões a US$ 400 milhões ao ano nessa área.
Além de focar no aumento do valor da empresa no mercado, o executivo
afirmou que outro importante alvo para os próximos meses é a operação na
Europa. Akerson disse que não pode consertar a economia europeia, mas
que a GM está fazendo tudo o que pode para reduzir custos, citando a
recém-formada aliança com a PSA Peugeot-Citroën e as negociações com os sindicatos.
Segundo o CEO, a montadora vai aumentar a capacidade de produção na
Rússia, onde as vendas continuam crescendo, de 200.000 para 350.000
veículos nos próximos 5 anos. Na China, o maior mercado da GM no mundo, a
capacidade também será ampliada em 25% neste e nos próximos anos,
juntamente com o lançamento de 60 veículos novos ou atualizados dentro
de 5 anos.
[Globo]
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