O governo realizou nesta terça-feira (12), em Brasília, o leilão que
finalmente trará a internet móvel veloz (4G) para o Brasil. A Agência
Nacional de Telecomunicações colocou à venda lotes da faixa de
frequência 2,GHz, destinada aos dados da internet de altíssima
velocidade, em uma disputa que uniu seis operadoras interessadas - Vivo,
TIM, Oi, Claro, Sky e Sunrise. Além das frequências de 4G, a Anatel
ofereceu também faixas de 450 MHz para o fortalecimento do serviço móvel
rural – que não atraiu propostas. O responsáveis pelo 4G, portanto,
também terão o encargo de popularizar a internet nas áreas rurais.
A Claro
e a Vivo pagaram mais e venceram as disputas das duas faixas de 2,5
gigahertz (GHz) com maior capacidade, enquanto TIM e Oi compraram partes
do espectro de menor potência. No total, o valor arrecadado pela Anatel
nos quatro primeiros lotes nacionais chegou aos R$ 2,565 bilhões.
O primeiro lote foi comprado pela Claro, que propôs uma quantia de R$
844,519 milhões para poder oferecer o serviço em uma das áreas liberadas
pelo governo. A área comprada pela Claro
inclui os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Rondônia,
Roraima, Tocantins, Bahia e a grande São Paulo. As rivais Oi e Vivo
também chegaram a apresentar propostas, mas não foram melhores que a da
Claro. A concorrência maior com a Oi, que não respondeu a última
proposta da rival e perdeu a disputa.
A TIM/Intelig não apresentou uma proposta financeira, enquanto a Sunrise
– do milionário George Soros – e a Sky não depositaram as garantias
necessárias para a participação no leilão.
Já o segundo lote
foi vencido pela Vivo, em disputa direta com a Tim (que não cobriu a
oferta). A compra dá direito a exploração do serviço em Alagoas, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Minas Gerais e
no interior de São Paulo. A Claro
não participou da disputa porque já tinha ganhado o primeiro leilão. A
oferta vencedora foi de R$ 1,05 bilhão, 66,6% a mais do que o valor
mínimo de R$ 630,191 milhões.
A Tim ficou com o terceiro lote, podendo explorar o 4G
no Rio, Espírito Santo, Paraná, e Santa Catarina. O valor foi de R$ 340
milhões. O quarto lote ficou com a Oi principalmente porque as outras
operadoras não poderiam disputá-lo, e dará direito a exploração no
Distrito Federal e nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul
e Rio Grande do Sul. Bem inferior aos demais, o valor da proposta foi
de R$ 330,851.
De acordo com o cronograma do edital, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes deverão ter cobertura 4G até 31 de dezembro de 2016. As cidades sedes da Copa das Confederações estarão cobertas por 4G até 30 de abril de 2013, enquanto as sedes e subsedes da Copa do Mundo terão o serviço até 31 de dezembro de 2013.
[Olhardigital]
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