Os serviços de TV por assinatura no Brasil estão
muito defasados em relação ao que já se oferece em outros países. O diagnóstico
é do presidente da GVT, Amos Genish, que fez uma apresentação nesta
quarta-feira durante a Futurecom, feira e congresso de telecomunicações,
realizada no Rio de Janeiro. Segundo ele, a operadora - agora associada ao
grupo americano Echostar, que controla a Dish, terceira maior empresa do setor
nos EUA - tem um plano detalhado de novos serviços em TV paga e telefonia para
2014.
"É chocante como estamos atrasados no
Brasil", disse Genish. "A GVT está tentando, mas estúdios e
programadoras aqui ainda estão resistentes. O consumidor está ficando cada vez
mais exigente e buscando uma TV diferente", acrescentou, citando serviços
como TV Anytime (variante do video-on-demand), TV Everywhere, streaming de
música e outros. Genish disse ter visitado a sede do Canal+, maior operadora da
França, o que o inspirou a reformular a operação de TV paga da GVT no Brasil. A
GVT pertence ao grupo francês Vivendi. "Teremos a TV mais avançada do
país", prometeu o executivo.
Em sua apresentação Genish, citou dados recentes do
mercado brasileiro, indicando que, enquanto as receitas com telefonia fixa
caíram 17,6% nos últimos cinco anos, TV paga e banda larga cresceram 28% e 11%,
respectivamente, entre 2010 e 2012. "Investimos milhões para ter mais
conhecimento de nossos clientes e entregar ofertas segmentadas", disse o
presidente da GVT. "As casas hoje são mais complexas, com múltiplos
dispositivos conectados, Wi-Fi e conteúdo não linear", lembrou ele,
destacando que a partir do ano que vem todos os novos acessos comercializados
pela GVT serão com redes FTTH (fibra óptica), e não mais VDSL (cobre).
[HT]
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