Enquanto outros fabricantes ainda pensam se vão ou
não lançar displays OLED, a Samsung já faz suas projeções para vendas do
chamado Flex-OLED, dispositivo que utiliza telas flexíveis feitas de material
orgânico (como estas da foto). Numa reunião com seus executivos na semana
passada em Seul, o CEO do grupo, Oh-Hyun Kwon, apontou a tecnologia OLED como
“o futuro da empresa” e previu que até 2018 nada menos do que 40% dos aparelhos
móveis serão do tipo flex.
Na CES,
em janeiro, provavelmente a Samsung irá mostrar os protótipos – o primeiro foi
o Galaxy Gear, relógio digital com tela
arredondada, que vimos na IFA, em setembro. Mas, pelo visto, vem muito
mais pela frente. Mr. Kwon anunciou a meta de lançar comercialmente em 2015 os
primeiros smartphones com tela dobrável (na IFA, foi mostrado o protótipo Youm).
Esse otimismo todo não é gratuito: em dezembro, a
Samsung irá quebrar a barreira de 500 milhões de paineis AMOLED produzidos. Notem
bem: segundo o site especializado OLED-Info, no início do ano a conta estava em
300 milhões; ou seja, em menos de doze meses a empresa conseguiu produzir 200
milhões desse componente, ou 560 mil por dia! AMOLED é uma versão dos displays
orgânicos baseada no processo conhecido como “matriz ativa” para ativação dos
pixels; é o processo usado atualmente nos TVs OLED.
A pergunta que fica é: e quanto aos displays
maiores, como os dos TVs? Já temos modelos OLED no mercado e sabemos que os
coreanos (Samsung e LG) já estão na dianteira também nesse campo. Mas será que
existe o mesmo entusiasmo que se vê no caso dos smartphones? Por enquanto, não
é possível saber. Mas no evento surgiram alguns números:
*A Samsung já detém mais de 9 mil patentes ligadas
à tecnologia OLED;
* Dos US$ 6 bilhões que o grupo está investindo
este ano, mais da metade é direcionada a OLED; em 2015, serão 70%; e em 2017,
85%;
*E as receitas advindas desse investimento, que em
2014 representarão metade do total no segmento de displays, em 2020 chegarão a
70%.
Acho que está bom, não?
[Orlandobarrozo]
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