Chevrolet Spin traz motor 1.8 8V com 108 cv de potência e 17,1 kgfm de torque (foto: Fabio Aro/Autoesporte)
A Chevrolet lançou oficialmente na manhã de hoje (28) sua mais nova minivan, a Spin.
O modelo partirá de R$ 44.590 na versão manual de entrada LT com cinco
lugares, e com sete lugares na versão LTZ a partir de R$ 50.990. A
versão topo de linha, com câmbio automático, sai a partir de R$
54.690. A Spin chega para substituir de uma só vez Meriva e Zafira que, segundo a GM, ainda não possuem data de despedida. No entanto, ambas devem deixar o mercado até o final do ano.
Com a mesma carroceria, o modelo pretende atacar rivais como os Nissan Livina e Grand Livina com
espaço para cinco ou sete ocupantes. Sob o capô, a minivan da Chevrolet
virá equipada com o velho motor 1.8 8V já conhecido, mas que agora
ganhou melhorias no sistema de admissão de ar e escape e leva o nome
Econo.Flex. Ele rende agora 108 cv de potência e até 17,1 kgfm a 3.200
rpm com etanol. O câmbio pode ser manual de 5 velocidades ou automático
de 6 velocidades com trocas sequenciais, a mesma caixa de transmissão
utilizada no sedã médio Cruze.
Versão LTZ é a topo de linha e traz rodas de liga leve aro 15 e espaço para até 7 pessoas (foto: Fabio Aro/Autoesporte)
Todas as versões da Spin
virão equipadas com ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS,
airbag duplo e trio elétrico. As rodas podem ser de ferro ou de liga,
sempre aro 15 e com pneus 195/65. A dianteira é moderna e e tem faróis
esticados que lembram os da picape S10. A lateral traz linhas muito semelhantes às do Cobalt, que começam no farol e na lanterna, terminando nas portas. O porte é mais para Zafira do que para a Meriva, enquanto a traseira causará divergências por privilegiar o espaço e não o visual.
Com 2,62 m de distância entre-eixos, a Spin
ficou com espaço limitado nos bancos traseiros, embora a montadora
alegue que seu foco é a versatilidade. Mesas do tipo avião? Esqueça, os
bancos traseiros sequer possuem sistema de correr, tudo para evitar alto
preço. Na terceira fileira de bancos, o modelo da Chevrolet leva a
melhor comparado ao Nissan. O banco rebate por meio de uma alça na parte
inferior do encosto, e o acesso é fácil. O espaço para a cabeça é
excelente.
Posição de dirigir foi elevada em 6 cm em relação ao Cobalt. Coluna de direção possui apenas ajuste de altura
Há
23 combinações de posicionamento dos bancos na versão de sete lugares, o
que facilita o transporte de bagagens. Levar pequenos objetos também é
simples, por conta dos 32 porta-trecos espalhados pela cabine. O
porta-malas, de acordo com a GM, é o maior da categoria: 710 l na versão
de cinco lugares, podendo chegar a 1.168 l com os bancos rebatidos. A
sensação de espaço é boa na frente, mas há costuras falhas e falta uma
simples lâmpada nos espelhos do quebra-sol. A posição de dirigir ficou
mais alta, graças ao ponto H (localizado na junção entre o assento e o
encosto dos bancos) erguido em 6 cm em relação ao Cobalt.
Segunda fileira de bancos é apertada, mas a terceira possui espaço maior que o da concorrente Grand Livina
A suspensão é a mesma do sedã, com calibragem específica do conjunto de amortecedores e molas. A Spin
é firme e segura nas curvas, com pouca rolagem da carroceria. Nem mesmo
a elevada posição de dirigir passa insegurança. Sofre apenas quem viaja
no banco de trás. Como o assento fica praticamente em cima do eixo, os
impactos são sentidos com maior intensidade. O volante regula apenas em
altura, e a direção é leve e precisa.
O câmbio manual tem
engates precisos e cai bem ao motor 1.8. O resultado é que, na pista de
testes, o desempenho foi apenas razoável – o consumo ficará para um
teste futuro, pois o carro não pôde sair do Campo de Provas da GM em
nosso teste. A versão manual acelerou de 0 a 100 km/h em 11,8 s, com o
motor girando a 3.500 rpm a 120 km/h em quinta marcha. A Spin compartilha ainda a moderna transmissão automática GF6 do Cruze. Essa foi a 100 km/h em 12,9 s. Na onda de sucesso do Cobalt, a GM espera emplacar 2.800 unidades da Spin por mês, número até conservador. Ela tem tudo para bater a meta, mas não empolga tanto com o sedã.
[Autoesporte]
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