14 de julho de 2010

OLED: novidades à vista?

Para quem está saudoso de notícias sobre os TVs OLED, aqui vão algumas. Não, ninguém ainda lançou o produto – com a exceção já conhecida da LG, que tem na Coreia um modelo de 15″. A Sony saiu de cena, deixou de fabricar o XEL-1, de 11″, e diz não ter planos de retomar esse projeto, de altíssimo custo. Mas, quase em silêncio, outras empresas estão montando a estrutura para explorar a tecnologia OLED nos próximos anos. Dá para arriscar que, ali por volta de 2.015, teremos TVs OLED à venda até no Brasil.

O que mais chama atenção, pelo que tenho lido e ouvido, é o recolhimento dos fabricantes japoneses, que abrem espaço a coreanos e chineses. Por tradição, eles são mesmo conservadores, e diante da recessão dos últimos anos têm todos os motivos para se precaver. Mas, neste caso específico, trata-se de quase “entregar o ouro ao bandido”, já que depois será dificílimo reconquistar o mercado. Vejam esta notícia: a Samsung está investindo US$ 2,13 bilhões numa fábrica de painéis AM-OLED (OLED de matriz ativa) que começa a operar em janeiro de 2.011. E esta outra, na verdade requentada: a LG comprou a divisão de OLED da americana Kodak. E mais esta: a taiwanesa AU Optronics, um dos maiores fornecedores mundiais de painéis de TV, comprou uma divisão da Sony dedicada à tecnologia FED (field-emission displays), outra concorrente do LCD. E por aí vai.

Segundo a newsletter OLED Info.com, vários fabricantes já possuem protótipos de displays OLED, e provavelmente veremos alguns deles na próxima edição da IFA, em setembro. O boletim cita, por exemplo, a Panasonic, que teria pronto um modelo de 37″ (a empresa não confirma), e a Mitsubishi, com painéis de 15″ e 20″ (noticiamos algo a respeito aqui, em outubro do ano passado). Mas os destaques vão para coreanos e chineses. A LG já tem prontos para lançar TVs OLED de 37″ (previsto para 2.011) e de 40″ (2.012); e a Samsung estaria com seu projeto de 37″ (foto) pronto também para o ano que vem.

Em tempo: o boletim informa ainda que esses aparelhos serão lançados a um preço final cerca de 50% mais alto que um LCD comum. Mas que por volta de 2.014 estariam cerca de 30% mais baratos do que estes. Enfim, teremos que esperar.

[Orlandobarrozo]

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