Saiba mais sobre os TVs e projetores que oferecem resolução igual à de cinema.
Coloque um filme para rodar no seu player Blu-ray e sente-se bem perto do seu TV de 40 polegadas (digamos, a 2 metros de distância). É quase certo que, depois de uns cinco minutos, seus olhos estarão irritados; talvez, até, você sinta dor de cabeça, especialmente se as imagens exibidas forem dinâmicas, cheias de movimento e cores.
Coloque um filme para rodar no seu player Blu-ray e sente-se bem perto do seu TV de 40 polegadas (digamos, a 2 metros de distância). É quase certo que, depois de uns cinco minutos, seus olhos estarão irritados; talvez, até, você sinta dor de cabeça, especialmente se as imagens exibidas forem dinâmicas, cheias de movimento e cores.
Esse é um dos efeitos da chamada pixelização, quando os
pontos que formam a imagem se tornam visíveis. Só há duas maneiras de
evitar o problema: afastar o sofá da tela ou trocá-la por uma menor.
Bem, existe uma terceira alternativa, que agora começa a chegar ao
mercado internacional. São os TVs e projetores 4K, assim chamados porque
oferecem resolução de imagem quatro vezes mais alta do que os Full-HD,
os mais sofisticados atualmente.
Com um equipamento 4K, elimina-se na prática a discussão sobre qual a
distância que se deve manter entre tela e sofá. Com pixels menores,
mesmo de perto é virtualmente impossível, a olho nu, enxergar os pontos
que compõem a imagem. Isso permite instalar telas maiores em salas
menores, algo que hoje não se recomenda.
Mas, falando do presente, a tecnologia 4K já está disponível. Câmeras
desse tipo foram usadas, por exemplo, na cobertura da Olimpíada de
Londres, em julho, cujas imagens foram transmitidas, ao vivo, para
cinemas em vários países, através de conexões especiais. Só não foi
possível captar esses sinais em casa, porque não existe (ainda)
capacidade de banda suficiente, nem na TV aberta nem na fechada.
A tecnologia 4K será útil, por exemplo, para quem é fã de imagens 3D
com óculos passivo. Uma das polêmicas que cercam os TVs 3D está na
diferença de resolução entre os equipamentos passivos e ativos. Nestes,
as duas imagens (para os olhos esquerdo e direito) são Full-HD (1080
pixels); no processo passivo, a resolução é dividida em duas (540 pixels
para cada olho), cabendo ao óculos fazer a fusão que dá a sensação
tridimensional. Trabalhando com resolução de 2.160 pixels, o problema
deixa de existir: cada olho irá, de fato, receber imagens Full-HD.
Para que essas imagens cheguem até nossas casas, porém, ainda levará algum tempo. Nas transmissões, elas serão editadas com as imagens Full-HD convencionais e terão sua resolução reduzida. E, assim como no caso do 3D, vai demorar até que tenhamos uma boa oferta de conteúdos gravados em 4K. Embora equipamentos desse tipo já sejam usados em produções de cinema, a transferência para formatos domésticos (no caso, discos Blu-ray) é um processo ainda caro e complexo demais.
Como se consegue resolução mais alta
O segredo das imagens em altíssima resolução está na quantidade de elementos que as compõem (picture elements = pixels). Para preencher a tela, quanto mais pixels, melhor o nível de detalhamento da imagem. Portanto, para obter imagens mais nítidas é necessário trabalhar com elementos menores. É assim que funcionam as câmeras 4K. Seus sensores são capazes de registrar maior densidade de pixels numa mesma área de display.
O segredo das imagens em altíssima resolução está na quantidade de elementos que as compõem (picture elements = pixels). Para preencher a tela, quanto mais pixels, melhor o nível de detalhamento da imagem. Portanto, para obter imagens mais nítidas é necessário trabalhar com elementos menores. É assim que funcionam as câmeras 4K. Seus sensores são capazes de registrar maior densidade de pixels numa mesma área de display.
Com essa avançada tecnologia (que envolve também o processamento
refinado dos pixels até chegarem à tela), os fabricantes conseguem
produzir displays maiores. Os projetores lançados até agora, das marcas
Sony e JVC, permitem exibir imagens de até 200 polegadas, e recentemente
a Panasonic demonstrou no Japão um plasma de 145" – todos com resolução
4K.
Isso pode ser feito, por exemplo, com alguns receivers da Onkyo vendidos no Brasil. Ou com o novo player Blu-ray da Sony (modelo BDP-S790), lançado há pouco no mercado americano. Ambos podem transformar a imagem de um filme em DVD, por exemplo (resolução de 480 pixels), para Full-HD (1080) ou 4K (2.160). Claro, para ver essas imagens será preciso contar com um TV ou projetor 4K. Já está à venda no Japão o TV LED-LCD 3D de 55", da Toshiba, e devem começar a chegar à Europa e EUA nos próximos meses modelos da LG e da Sharp.
Já os primeiros projetores 4K foram lançados pela Sony no mercado internacional no início deste ano, com preço final a partir de 20 mil dólares, e por enquanto a empresa não pensa em importá-los para o Brasil, a não ser sob encomenda (leia um teste do projetor 4K SXRD, da Sony).
Tudo começou com o cinema...
A tecnologia 4K foi desenvolvida a partir de uma necessidade das salas de cinema. Para competir com as novas formas de distribuição de filmes em alta resolução (primeiro o DVD, depois o Blu-ray e mais recentemente os downloads), estúdios e exibidores pressionam a indústria por novas modalidades de projeção digital.
Um dos problemas detectados foi a insatisfação das pessoas que ocupam as primeiras fileiras. Em Full-HD, é comum nessa situação ver os pontos que formam a imagem. O uso de equipamentos 4K resolve essa questão. Ao lançar Avatar nos cinemas, em 2009, James Cameron não foi apenas pioneiro nas produções em 3D; usou também câmeras 4K para algumas tomadas.
E trabalhou junto aos donos de cinema, especialmente
nos EUA, para adotarem projetores compatíveis – hoje, as principais
redes exibidoras já estão equipadas para isso, o que começa a acontecer
também no Brasil.
[HT]
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