A Casa do Futuro, idealizada pela arquiteta gaúcha Betina Gomes, mostra
como pode ser um lar futurista e itinerante. Com foco em mobilidade,
sustentabilidade e tecnologia, o projeto conquistou o prêmio A’Design
Award & Competition na categoria Design de Arquitetura, Construção e
Estrutura, na Semana de Design de Milão, que ocorreu na Itália, no
início de abril.
Casa do Futuro pode ter lounge externo (Foto: Divulgação)
O conceito da Casa do Futuro é ousado. Em um espaço de apenas 32 metros
quadrados, no interior de um contêiner, a arquiteta garante a presença
de cozinha, banheiro, quarto, sala de jantar, escritório, sala de estar,
home theater e, até mesmo, de uma pista de dança. Os ambientes
são transformados de acordo com a necessidade do morador. Para
modificá-los, basta acionar um comando por meio de um smartphone, tablet
ou notebook.
Um aplicativo no dispositivo móvel é capaz de controlar iluminação,
toldos e persianas e os painéis deslizantes que mudam os cômodos da
casa. Assim, rapidamente, o quarto de casal é substituído por uma pista
de dança com painéis de LED no teto, por exemplo. De acordo com Gomes, a
transformação ocorre em cerca de dois minutos.
Cômodos se modificam a partir de comandos em dispositivos móveis (Foto: Divulgação)
Placas solares fotovoltaicas no exterior da casa garantem a captação de
energia solar e conversão em eletricidade, a fim de minimizar os gastos
com energia elétrica. “A iluminação é toda em LED e os eletrodomésticos
são de baixo consumo”, explica a arquiteta. A energia solar também é
utilizada para o aquecimento da água.
Além disso, a Casa do Futuro reaproveita a água da chuva para as
descargas do vaso sanitário. Um software de automação indica ainda o
consumo de água, eletricidade e gás para evitar desperdícios. O sistema
ainda identifica possíveis problemas nas tubulações.
Quarto vira pista de dança ou escritório (Foto: Divulgação)
O projeto foi pensado para atender àqueles que precisam de mobilidade.
“Grandes empresas que necessitem montar ‘vilas’ longe dos grandes
centros para alojar funcionários podem recorrer à Casa do Futuro”,
afirma a criadora. Ela destaca também a aplicação do lar para a
hotelaria ou para abrigar participantes de grandes eventos, como a Copa
do Mundo e as Olimpíadas.
Um exemplar completo custa R$ 580 mil e é montado em 120 dias. Segundo a
arquiteta, caso o morador queira mudar de ares, a estrutura montada
pode ser transportada com a ajuda de um caminhão ou até mesmo em um
navio.
[Techtudo]
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