Claro, não
é um fenômeno apenas dos EUA; a concentração é talvez o efeito mais importante
das mudanças econômicas registradas nas últimas décadas, em função das
desigualdades entre os países. Tem a ver também com os avanços tecnológicos,
que exigem capital intensivo, restrito aos grandes grupos, e com o processo de
globalização. Para quem olha de fora, é um panorama cruel e, aparentemente, sem
alternativa.
Bem,
aqueles seis grupos citados no primeiro parágrafo são, pela ordem:
General
Electric – Além de potência industrial,
controla marcas valiosas como Comcast (maior operadora de cabo dos EUA), NBC e
Universal Pictures;
News Corp – Aquele mesmo, do polêmico magnata australiano
Rupert Murdoch, dono da Fox (cinema e TV) e do Wall Street Journal;
Disney – Além de parques de diversão, canais de TV e
produtora de filmes, o grupo inclui a rede de TV ABC, as produtoras Miramax e
Pixar e os canais ESPN;
Viacom – Já foi maior, mas continua ali no G6, com MTV e
Paramount, entre outros empreendimentos;
Time
Warner – Duas das marcas mais
simbólicas da cultura americana, que se fundiram no final do século passado,
hoje detêm propriedades como CNN, HBO e, claro, os estúdios de cinema e TV
Warner Bros.
CBS – Embora perca em faturamento para os demais, é
outro símbolo dos EUA: além da famosa rede de TV, controla a Showtime (TV paga)
e a nfl.com (que comanda os bilionários negócios em torno do futebol
americano).
Mas,
atenção: esse levantamento é de três anos atrás. Nesse período, cresceu a
importância das empresas de internet, e algumas delas já superam esses
conglomerados em faturamento, segundo esta
outra estimativa. Exemplos: enquanto Time Warner teve em 2012
receitas na casa de US$ 48 bilhões e News Corp, de US$ 33,4 bilhões, Google
chegou a US$ 37,9; Amazon, US$ 67; e Microsoft, US$ 69,9. Todos podem ser
definidos hoje como “grupos multimídia”. E anotem: o rápido crescimento de
novatas como Facebook (hoje com US$ 1,6 bi) e Netflix (US$ 945 milhões) está
espantando os analistas.
Não
estranhem se nos próximos estudos esses nomes aparecerem lá no topo.
[Orlandobarrozo]
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