Levantamento efetuado pelo G1 junto a operadoras de celular indica que os preços dos planos de dados para tablets variam entre R$ 30 e R$ 200, de acordo com a franquia e a velocidade de transferência de dados. Dependendo da companhia telefônica, a contratação do plano ainda pode gerar descontos no preço do aparelho, mas com a necessidade de uma fidelidade.
A venda de tablets está em expansão no Brasil e deve triplicar em 2011. Segundo a consultoria IDC, foram vendidos 100 mil unidades em 2010, e o número deve chegar a 300 mil este ano. O mercado foi aberto pelo iPad, da Apple, e o Galaxy Tab, da Samsung, mas já ganhou concorrentes como o Xoom, da Motorola, entre outros.
“A categoria veio para ficar. O usuário se identificou e se adaptou bem ao aparelho”, afirmou Luciano Crippa, coordenador de pesquisas da IDC.
Segundo Crippa, o preço do aparelho, que ainda deve diminuir com a inclusão na chamada Lei do Bem, que prevê isenção de impostos, é fator determinante para o desempenho dos tablets no mercado. “Esperávamos uma estratégia de precificação um pouco mais alta, por volta dos dois mil reais. O valor estipulado em torno dos R$ 1,6 mil facilitou a adesão do público ao produto”, afirmou.
Mas o comprador do tablet deve levar em conta os planos de dados, que dão vida à chamada quarta tela - depois da televisão, do computador e do celular. Os valores cobrados são, em geral, os mesmos dos modens 3G, que oferecem banda larga móvel a computadores e notebooks.
Para Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, os valores são adequados.
"O preço cobrado é adequado. Os tablets consomem mais dados que os smartphones e estão mais próximos do gasto feito pelo computador. Não vejo a necessidade de se ter de uma terceira opção", afirma Tude. A única a optar pela criação de uma categoria específica foi a TIM.
A empresa optou por trabalhar com duas velocidades, de 1,5 Mbps e 3,2 Mbps, mas não deixa de lado a limitação de tráfego. "Todas os limites foram feitos em projeções que levam em conta a média de consumo dos usuários", explica o diretor de Marketing Consumer da empresa, Roger Solé. Com a tarifa de R$ 80, que oferece a velocidade maior, o limite de transferência é de 2GB.
Já Claro e Vivo oferecem uma velocidade máxima fixa, com o preço variando apenas de acordo com a franquia de dados. "Optamos por oferecer uma melhor experiência ao usuário, não limitando a velocidade. Ele navega sempre com a maior disponível na rede", afirma Bernardo Winik, diretor de Operações e Vendas da Claro.
Descontos
Na Vivo, a velocidade máxima nominal é sempre 1 Mbps, e as tarifas vão aumentando de acordo com a franquia de dados contratadas. Numa ponta, para o uso de 250MB, pacote inicial, o valor é de R$ 30. Na outra, com o limite de 10 GB, o preço é R$ 200. A empresa, assim como a Claro, vende os tablets com desconto, dependendo do plano contratado.
Oi e TIM parcelam o valor total do aparelho na mensalidade, mas não vinculam a compra a uma permanência mínima de contrato.
Na maioria dos casos, a ajuda de pontos de acesso (hot spot) Wi-fi parece inevitável. Com eles, a navegação ocorre usando os limites de tráfego impostos à banda larga fixa, que são pelo menos cinco vezes maiores.
Mas, se a ideia é aproveitar hot spot criado por um smartphone, a partir de um sinal 3G, é melhor ter cuidado, já que os limites rondam em torno de 250MB e o excedente, dependendo do plano, pode sair caro.
Perfis de uso
Segundo Luis Passaro, gerente de produtos da Motorola, que fabrica o tablet Xoom no Brasil, a escolha por um modelo só com Wi-fi ou com 3G vai depender do perfil do usuário. "Se for falar de um usuário que precisa estar conectado o tempo todo, o tablet com conexão 3G é mais indicado. Mas se vai usar mais em escola, trabalho e casa, o Wi-fi resolve", explica.
Se a intenção é contar com um plano, o perfil de uso continua influenciando. "A contratação do pacote vai depender do uso. Se o cliente não tem necessidade de acompanhar em tempo real a chegada de e-mail à sua caixa, ou acessar informações enquanto vai para algum lugar, os planos com franquia menor são suficientes", afirma Winik, da Claro.
Para o executivo, o plano mínimo para quem quer dar vida ao tablet usando o sinal 3G é 2GB ou 4GB. "É preciso começar por aí. E é preciso lembrar que, sempre que der, é melhor aproveitar os sinais Wi-fi da escola, do trabalho ou de casa", afirma.
Para quem contratar planos com pouca franquia e quiser fugir dos excedentes ou da queda de velocidade, algumas medidas são necessárias para não estourar os limites. A primeira é manter o acesso à rede de dados da operadora desligada. Isso ajuda a evitar gastos não previstos, quando o aparelho busca informações na internet sem o dono saber.
[Olhardireto]
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