25 de outubro de 2011

O futuro das operadoras

Talvez não aconteça tão cedo no Brasil, mas é questão de tempo. Esta semana, a Verizon, maior operadora de telecom dos EUA, lança para seus assinantes um serviço de monitoramento geral da casa. O pacote, que irá custar US$ 9,95 ao mês, inclui sensores em portas e janelas, controle do consumo de energia e verificação a distância (por vídeo) de aparelhos eletrônicos, luzes, eletrodomésticos, ar-condicionado e travas das portas. Além da mensalidade, o assinante terá que pagar por um kit de equipamentos (a partir de US$ 69,99, dependendo da configuração). E, se quiser, poderá ainda solicitar complementos, como câmeras de segurança, sensores de movimento e dimmers. Tudo irá funcionar numa plataforma sem fio fornecida pela Z-Wave.

E por que uma operadora de telecom estaria interessada nesse segmento? Simples: assim como suas principais concorrentes, a Verizon já percebeu que precisa, tanto quanto possível, “estar dentro da casa do cliente”. Serviços de segurança e controle de energia só são comercialmente viáveis quando se pode aproveitar a conexão de banda larga já existente, e que na maioria das vezes é sub-utilizada. Na mesma linha, outras operadoras americanas preparam pacotes incluindo caixas conversoras multimídia, as chamadas set-top box, e serviços variados de automação residencial. As caixas irão desempenhar funções de media center, agregando todos os conteúdos da família de tal modo que o acesso possa ser feito facilmente por qualquer pessoa (autorizada, é claro). E a automação… bem, como já comentamos várias vezes, essa tem alcance quase infinito; depende mais de quanto a pessoa quiser gastar.

No Brasil, aguarda-se para qualquer momento o anúncio da entrada da Sky nesse setor. E a Telefônica, que foi a primeira a oferecer algo do gênero, está agora reconfigurando sua estratégia a partir da incorporação da TVA. A união entre Net, Embratel e Claro, anunciada na semana passada, segue o mesmo caminho. Nos próximos meses, ou talvez semanas, vamos saber quais outras operadoras entrarão nesse que deve ser um dos mercados mais concorridos da década.

[Orlandobarrozo]

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