17 de setembro de 2011

Brasil tem 411 salas 3D

O Brasil tem 411 salas de cinema 3D. Segundo o diretor de tecnologia e infraestrutura de cinema do Cinemark, Luciano Silva, o País abriu 144 novas salas de janeiro a julho deste ano. Em 2010, o país tinha 267 salas.

Na América Latina, onde a digitalização das salas foi em grande parte impulsionada pela tecnologia 3D, das 1743 salas digitais registradas em março de 2011, 1702 são 3D.

A evolução acompanha um crescimento mundial do número de salas 3D. Em março de 2010, das 17 mil salas digitais do mundo, 9,8 mil eram 3D. Em março de 2011, entre as 33 mil salas digitais, 22,3 mil eram 3D. “A película está com os dias contados. Nos Estados Unidos se fala que em 2013 não serão mais fabricadas películas 35 mm para cinema”, diz Silva, que participou de um painel sobre 3D no congresso da SET nesta terça-feira, 23, em São Paulo.

Em 2010, a bilheteria gerada pelos filmes 3D foi de US$ 6,1 bilhões em todo o mundo, o que representa 19,3% do total. Em 2009, foi de US$ 2,5 bilhões, ou 8,6% do total.

Apesar dos números obtidos pelo 3D, Steve Schklair, da 3ality digital, que no momento trabalha no filme “O Hobbit”, lembra que a maneira como o 3D vem sendo usado tem reduzido a velocidade da adoção da tecnologia. “Alguns filmes são convertidos de 2D para 3D. Mas são filmes que não foram feitos para o 3D, que não fazem sentido em 3D”. Para ele, um dos grandes problemas da tecnologia no momento é a falta de conteúdo bom e interessante. "Há ferramentas disponíveis. Não há nada que impeça os broadcasters de fazer conteúdo interessante", diz.

Na TV, a empresa tem realizado gravações em 3D de séries já exibidas em 2D pelas redes. “Começamos a gravar séries de TV em 3D, porque as pessoas querem ver aquilo que já estão acostumadas. No entanto, as redes de TV estão filmando em 3D para lançar as séries em Blu-ray, não para exibi-las na TV”, diz. “Com isso, estão criando acervo”.

Fernando Roncarati, gerente de operações da Globosat, conta que a programadora tem feito diversas experiências em produção 3D, algumas disponíveis sob demanda através do Now, da Net.

Entre os objetivos com essas experiências, está o desenvolvimento de uma linguagem nova, específica para a produção 3D, com estudo de posicionamento de câmeras, planos, sequências etc. “Além disso, observamos as possibilidades de negócio, como a oferta em VOD”, destacou.

[Telaviva]

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