31 de janeiro de 2011

Guerra de tablets 2011: iPad 2 x PlayBook x Xoom x HP Web OS

Pode parecer que 2010 foi “o ano do tablet”, mas a verdade é que a última temporada foi especificamente do iPad, que vendeu 15 milhões de unidades, e não teve nenhum rival de verdade à frente, tanto que tem cerca de 90% do mercado. No entanto, 2011 será muito diferente, já que uma grande variedade de opções de tablets está surgindo – incluindo alguns lançamentos especialmente relevantes de grandes fabricantes.

Na feira CES 2011 (Consumer Electronics Show), realizada no início do mês em Las Vegas, quase todos os fabricantes de tecnologia do mundo fizeram algum anúncio ou exibiram um tipo de protótipo de um tablet. Há modelos grandes, pequenos, com sistema Android, com Windows, programados para chegar às lojas em um futuro próximo.

Mas os tablets que mais se destacaram são o Motorola Xoom (que rodar o futuro sistema Android Honeycomb, específico para tablets), o BlackBerry PlayBook (com uma versão do QNX em vez, do sistema BlackBerry OS) e o HP WebOS (que como o nome sugere, trabalha com o WebOS).

Coloque esses três contra o aguardado iPad 2 e o primeiro semestre do ano será um período bastante excitante para o mercado de tablets.

Vamos olhar mais de perto todas essas opções:

Motorola Xoom

O Motorola Xoom deverá ser o primeiro tablet do mercado a rodar o sistema Android 3.0 (também conhecido como Honeycomb). O Xoom trará uma tela touchscreen de 10,1 polegadas, terá uma resolução de 1280 por 800 pixels, 1 GB de RAM, um processador de 1GHz, 32 GB de armazenamento interno, um slot para cartão SD, conexão 3G (e talvez até 4G) e Wi-Fi 802.11n, uma câmera traseira de 5MP com captura de vídeos em 720p e uma câmera frontal de 2MP para videochamadas.

BlackBerry PlayBook

O BlackBerry PlayBook, da Research in Motion, possui uma tela de 7 polegadas e pesa menos de 450g. Ele não roda o sistema BlackBerry OS, mas, em vez disso, o sistema QNX OS. O tablet possui 1GB de RAM, processador dual-core, duas câmeras HD (alta definição), gravação de vídeo HD e saída HDMI. O PlayBook també é muito versátil – pode tocar formatos de áudio proprietários da Apple e da Microsoft, e suporte tanto o Adobe Flash (não disponível no iPad) o HTML5.

HP WebOS

Os detalhes continuam a surgir sobre os dois tablets WebOS com nomes código Opal e Topaz. O primeiro é um aparelho de 7 polegadas, enquanto o último é uma versão com tela de 9 polegadas, mais parecida com o iPad. Baseado em imagens vazadas, parece que os tablets da HP terão ao menos uma câmera frontal e uma porta micro USB.

Esses aparelhos da HP também possuem a vantagem de rodar o sistema WebOS. Apesar da queda da Palm, o WebOS é na verdade um sistema móvel bastante capaz e pode oferecer o desafio mais formidável para o iOS (do iPad) quando o assunto é interface do usuário (UI). A fabricante agendou um evento de mídia para 9/2, quando é esperado que sejam anunciados mais detalhes sobre esses tablets.

iPad 2

A segunda geração do iPad chega com duas vantagens sobre seus rivais. Primeiro: já existe um iPad no mercado e ele fez um sucesso enorme. A cultura do aparelho já está estabelecida, e muitas companhias também já estão utilizando o tablet da Apple, ou ao menos explorando seu uso para o ambiente corporativo. Segundo: como essa é a nova geração de um tablet que já existe, há pelo menos uma forma tangível de medi-lo, e uma expectativa mais concreta de que ele estará disponível no segundo trimestre do ano – baseada no ciclo anual de lançamentos da empresa de Steve Jobs (em 2010, o iPad foi apresentado em janeiro e lançado em abril nos EUA – tendo chegado ao Brasil apenas em dezembro).

Já surgiram muitos rumores sobre o chamado iPad 2 desde que o modelo original chegou às lojas. Dada a resposta dos usuários e os recursos e funções que os concorrentes estão colocando para a “guerra dos tablets”, é esperado que o novo aparelho da Apple tenha duas câmeras, possivelmente um processador de dois núcleos, um aumento significativo de memória RAM e talvez um grande aumento na resolução da tela.

E onde isso nos deixa? Bem, nenhum dos aparelhos da lista ainda foi oficialmente lançado. Dada a demanda pelo iPad, e a grande quantidade de tablets que deve chegar ao mercado, parece razoável acreditar que fabricantes como Motorola, HP, Apple e RIM realmente vão entregar os produtos em algum este ano.

Para empresas que querem subir no “vagão dos tablets”, a decisão entre as várias plataformas será guiada em grande parte pela infra-estrutura e cultura existentes. Uma companhia que possua um BlackBerry Enterprise Server e já tenha uma base de smartphones BlackBerry provavelmente escolherá o PlayBook. E assim por diante, com as outras fabricantes.

Um fator muito importante será o custo dos aparelhos. Os recursos e funções de um determinado tablet ou o quão bem ele se “entrosa” com a infraestrutura existente podem ser problemas menores se o tablet acabar custando o dobro dos produtos rivais.

[Macworld]

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