18 de novembro de 2010

Das telonas para a vida real: O que o cinema retratou e a gente copiou!

Num rápido retrocesso pela história do cinema, descobrimos que algumas das ideias mais mirabolantes dos filmes já viraram realidade.

Desde 1895, quando os irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública em Paris do primeiro filme do mundo - "L'Arrivée d'un Train à La Ciotat" - histórias começaram a ser contadas de uma forma única. A partir daí, criou-se uma indústria multibilionária que vem retratando realidades, ficções e, por que não, tem previsto até o futuro.

Foram nas telas dos cinemas que as tecnologias, que até então pareciam absurdas, tomaram forma. E mais que isso, foi a partir das invenções dos diretores, produtores e roteiristas visionários que algumas tecnologias passaram de mera ficção para a realidade.

Em Star Wars: Uma nova Esperança (1977), por exemplo, as influências do filme chegaram até os dias de hoje, mais de 30 anos depois. Recentemente a NASA mandou um robô para a Estação Espacial Internacional que ganhou o apelido carinhoso de R2. Isso porque o robô humanóide faz as mesmas funções que o robô R2D2 retratado no filme. E quem não se lembra do Exterminador do Futuro (1984) e 2001 Uma Odisséia no Espaço (1968), ambos mostrando como seria a interação entre robôs e humanos?

Em De Volta para o Futuro II (1989) a história se repete. Steven Spielberg fez previsões que atualmente já fazem parte do nosso cotidiano como a videoconferência, combustíveis alternativos, videogames que captam movimentos do corpo, filmes 3D, tablets e computadores de mão, televisões widescreen penduradas na parede e múltiplos canais na mesma tela. Isso sem falar nas tendências de consumo que o diretor já havia previsto como adolescentes consumidos por seus aparelhos eletrônicos e os CDs sendo descartados por falta de uso.



Há dois anos outra profecia cinematográfica foi cumprida. O sistema controlado por gestos das mãos, retratado no filme Minority Report (2002), saiu das telas para a vida real. Uma empresa que nasceu dentro do Media Lab do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetes) apresentou a tecnologia na qual pessoas podiam arrastar objetos e manipualr imagens virtuais sem tocar em nenhuma superfície, exatamente como Tom Cruise fazia no filme. Atualmente empresas americanas também começaram a viabilizar o projeto Big Dog, que mistura robótica e inteligência artificial, assim como no filme AI Inteligência Artificial (2001), os robôs são capazes de tomar decisões sozinhos. Isso sem falar no Robocop (1987), o policial do futuro, que inspirou a criação de um exoesqueleto, ou uma armadura mecânica, que vem sendo testada pelos militares americanos.

Na área científica, o filme A Ilha (2005) contava a história de uma ilha onde todos os habitantes eram clones que serviam apenas para doar órgãos e tecidos para outros seres humanos. Não chegamos nesse estágio - será que um dia o atingiremos? - , mas ações semelhantes já andam sendo feitas com a criação de órgãos em laboratórios. Gattaca - A Experiência Genética (1997) também espelha um pouco a realidade atual. Hoje com a evolução da engenharia genética já é possível modificar organismos, algo semelhante ao que o filme mostra.

De certa forma até mesmo Matrix (1999) tem se revelado na atualidade. O conceito de realidade alternativa dentro da nossa própria realidade é o que muitos têm vivido com as redes sociais e o mundo virtual que nos rodeia. Por isso, é inegável: a vida imita a arte. O importante agora é saber até onde a realidade vai e a ficção fica.

[Olhardigital]

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