14 de julho de 2010

Da cozinha oriental à mesa brasileira: conheça a wok

Não são apenas os alimentos que devem ser escolhidos com cautela quando se quer adotar um estilo de vida saudável. O utensílio também deve ser levado em consideração. A wok, uma panela de origem chinesa, é a nova sensação entre os aficionados por modismos gastronômicos de baixa caloria.

A wok cozinha rapidamente e por isso preserva as propriedades dos alimentos. Mas não é a panela em si que é saudável, e sim o que cada pessoa escolhe para comer. Diferentemente do que muita gente pensa, a wok não é restrita apenas à culinária oriental. É uma panela versátil, onde se pode fazer molhos, grelhados a vapor, macarrão, compotas e até mesmo sobremesas.

Criada para se adaptar aos fogões à lenha chineses, nos quais era preciso agilizar o preparo por causa da escassez do carvão, a wok atualmente é utilizada pela praticidade e rapidez. “A panela ficou conhecida no Ocidente há uns dez anos. E passou a ser fundamental na cozinha por causa da facilidade”, explica o personal chef Luiz Tanaka.

A wok é funda, larga e sem cantos, por isso cozinha os alimentos por igual, sem deixar queimar. O formato faz com que a comida seja mexida com facilidade e o calor do fogo seja distribuído constantemente. “A wok é dessa forma porque os chineses não costumam usar colher ao cozinharem, eles fazem com a mão. Por isso é alta para não vazar e o cabo é em forma de alça para facilitar o preparo”, conta o chef.

Como escolher a melhor wok

Na hora da compra, é necessário prestar atenção ao material da panela. “Não recomendo a de alumínio porque esquenta muito. Prefiro a de aço inoxidável ou antiaderente dourada. Ambas são muito úteis e substituem uma série de panelas que só usamos uma vez ou outra na vida”. Outra dica é conferir se a tampa fecha corretamente, porque isso interfere no preparo da comida.

A wok requer alguns cuidados especiais, como evitar riscar o fundo e não usar esponja de aço. Outra coisa importante para mantê-la sempre em perfeita condição é secá-la após a lavagem para evitar ferrugem. “Às vezes eu até passo no fogo rapidamente para secar bem. E quando sei que não vou usá-la por muitos dias, pincelo com azeite para proteger o fundo da oxidação”, explica Luiz.

Aprenda a fazer Yakimeshi

Confira a seguir a receita do arroz oriental do chef Luiz Tanaka. O prato, fácil e rápido, pode substituir uma refeição completa.

Ingredientes:
250 gramas de camarão médio limpos
3 xícaras (chá) de arroz
3 dentes de alho amassado (opcional)
sal a gosto
4 colheres (sopa) de óleo de soja
4 xícaras (chá) de água
100 gramas de presunto sem capa de gordura em cubos bem pequenos
1 colher (chá) de óleo de gergelim (opcional)
2 ovos
1 cenoura em cubos pequenos ( pode ser ralada também)
cebolinha verde a vontade
1 colher (sopa) de shoyu
1 copo de ervilhas
100 gramas de vagem cortada bem fininha

Cozinhe o arroz de maneira tradicional, em uma panela comum, e reserve. Na wok, doure o alho no óleo e acrescente os camarões até ficarem levemente avermelhados. Em seguida, jogue o óleo de gergelim, cenoura, ervilha, vagem e presunto, e doure até ficar al dent. Em outra panela frite os ovos e acrescente a cebolinha. Depois, misture tudo ao arroz na wok e sirva quente.

Existe a opção de substituir o camarão por salmão, frango ou carne em cubos. Uma dica importante: temperos verdes e frescos devem ser sempre colocados por último, já com o fogo apagado, pois se refogados podem ficar escuros e o prato pode não ficar alegre.

[Globo]

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