28 de outubro de 2009

Samsung Galaxy É Um Android Sem Frescura

Smartphone touch screen se destaca pelo hardware parrudo e pela câmera boa


Para quem está mais interessado no poder do hardware do que na interface frescurenta de um smartphone, o Samsung Galaxy é a melhor opção com Android em que já botamos as mãos. Com o mínimo de aplicativos instalados, o aparelho oferece integração fácil com os serviços do Google, tudo acessível numa tela grande e com boa sensibilidade. De quebra, tem câmera de 5 megapixels com flash decente e memória interna de 8 GB. No mais, cumpre o pacote básico: 3G, Wi-Fi e GPS. Em comparação com os concorrentes, nem tem um preço de cair de costas: 1.149 reais, no plano TIM Infinity 120.

Quase todos os fabricantes aplicaram a tática do “um tapinha não doi” ao lançar smartphones com Android. Entre widgets especiais e áreas de trabalho personalizadas, HTC, Motorola e outras se preocuparam em desenvolver um design de software bonitinho e, às vezes, funcional. Mas a Samsung nem ligou para isso: pegou uma carcaça legal e instalou o Android puro. O que se vê na tela é um sistema sem um pingo de personalização, exatamente como o HTC G1, o primeiro a falar a língua do Google.

Quer saber? Melhor assim do que um Frankenstein todo confuso por causa da integração meia boca dos contatos do telefone com os das redes sociais (ninguém ainda conseguiu fazer isso tão bem quanto o Palm Pre). Mas bem que o Galaxy poderia ter, pelo menos, widgets para acesso rápido a Twitter, Facebook e MySpace. As únicas funções nesse sentido são os ícones para orkut e páginas da TIM na internet, links abertos no próprio browser.

Também não há muitos programas interessantes pré-instalados. Para abrir arquivos do Office, por exemplo, é necessário baixar do Android Market um aplicativo como o Documents to Go, que não é gratuito. O destaque acaba ficando para a integração com as ferramentas do Google, como Gmail, Maps, Talk e o próprio orkut. Usuário e senha ficam gravados para não dar trabalho na hora do acesso.


O Android mais rápido

Um avanço notável do Galaxy no quesito usabilidade, em relação aos outros smartphones com Android, está na velocidade. E não tem nenhuma mágica de processador ou chip gráfico – o negócio é a memória interna de 8 GB. O HTC Magic, por exemplo, tem apenas 512 MB, deixando 1 GB para o cartão. Com isso, à medida que o usuário instala programas, o celular vai ficando mais lento. Em nosso teste, mesmo colocando dezenas de aplicativos no aparelho, ele continuou ágil.

Outro diferencial do smartphone, quando o comparamos com outros modelos fininhos, é sua câmera de 5 megapixels. Embora ela não seja muito veloz, clica com qualidade e sem tremedeira. O foco automático funciona bem, e o flash de LED é dos melhores. Quando necessário, ele ilumina a cena levemente antes do clique e, na hora do disparo, solta uma luz mais forte. A filmagem é decente, mas poderia ter uma resolução melhor do que os 352 por 288 pixels.

Como celular musical, o aparelho da Samsung perde para as interfaces bonitonas do iPhone e do Magic, mas não decepciona. A seleção das canções é feita por meio de listas, mas as capas dos álbuns aparecem enquanto a faixa é reproduzida. O conector do fone, no padrão P2, fica na parte de cima, a melhor posição para quem curte um som andando por aí, com o tocador no bolso. A fabricante só ficou devendo a função de rádio FM e também opções mais finas de equalização.

O falso grande e gordo

À primeira vista, o Galaxy parece grandalhão e desajeitado. Talvez por não ter as extremidades mais finas do que a parte central, como acontece no iPhone. Mas suas medidas não comprovam essa impressão: ele tem apenas 1,3 centímetro de espessura e pesa 116 gramas. A tela capacitiva de AMOLED também parece maior do que é. Tem 3,2 polegadas, resolução de 320 por 480 pixels e definição acima da média para essas configurações, tornando agradável a experiência com vídeos. A sensibilidade não deixa a desejar, mas o display fica bem engordurado após o uso.

Externamente, o aparelho tem apenas o necessário. O botão que abre o menu do Android vem acompanhado por um atalho para a tela inicial e uma tecla de voltar, além dos tradicionais liga/desliga e send. No centro, há uma peça que serve de direcional para quem não tiver habilidade ao passear por links pequenos com o dedo. Numa lateral estão os botões para bloquear o celular e acionar a câmera. Na outra fica o controle de volume. E na parte de cima estão a conexão P2 e a microUSB, esta protegida por uma tampa.

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